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Aldeia de Fukushima começa a semear arroz pela primeira vez desde o desastre nuclear

A plantação de arroz para as vendas comerciais começou, nesta quarta-feira (10), em uma vila na província de Fukushima, pela primeira vez desde o desastre na usina nuclear de Fukushima Daiichi, em 2011.

Aldeia de Fukushima começa a semear arroz pela primeira vez desde o desastre nuclear.

A plantação de arroz para as vendas comerciais começou, nesta quarta-feira (10), em uma vila na província de Fukushima, pela primeira vez desde o desastre na usina nuclear de Fukushima Daiichi, em 2011.

Um total de oito famílias de agricultores na aldeia de Iitate planejam retomar o cultivo de arroz este ano, em uma área combinada de cerca de 7 hectares, após as ordens de evacuação terem sido suspensas no final de março, para grandes partes da vila, contaminada pela radiação após a crise nuclear.

A área total cultivada será bem reduzida se comparada aos, aproximadamente, 690 hectares antes do desastre, de acordo com a vila.

Os agricultores realizarão testes de radiação antes de vender seu arroz.

Nenhum arroz cultivado na aldeia mostrou níveis de radioatividade superiores ao padrão de segurança, uma vez que o plantio experimental de arroz começou em 2012.

“Eu me sinto bem, queremos que a aldeia seja o que foi há seis anos atrás”, disse Shoichi Takahashi, 64, enquanto trabalhava em uma plantação de arroz.

A municipalidade local tem apoiado a preparação para o plantio, incluindo a instalação de cercas elétricas ao redor da área, para impedir que javalis entrem nos campos de arroz, e preparar o solo, após o trabalho de descontaminação.

Diretor da FAO defende segurança dos alimentos de Fukushima

Em Tóquio, o chefe da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação disse, nesta quarta-feira (10), que a segurança dos alimentos produzidos em Fukushima está “garantida”, apesar das proibições de importações ainda impostas por alguns países, depois do desastre nuclear de 2011.

“No momento, não vemos motivo para preocupação com a segurança dos alimentos”, disse o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, em um evento de degustação em Tóquio, onde comeu doces feitos de peras e maçãs cultivadas na província de Fukushima.

“Seis anos após o acidente, continuamos a monitorar todos os alimentos da área afetada … Temos a dizer que, o governo japonês tem sido favorável e muito transparente, apesar da difícil situação”, disse o diretor-geral.

Após o acidente na usina nuclear de Fukushima Daiichi, em 11 de março de 2011, que levou à contaminação ambiental, muitos países introduziram restrições à importação de alimentos japoneses.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, mais de 30 países e regiões, incluindo China, Coréia do Sul e Taiwan, ainda impõem tais restrições, enquanto cerca de 20 países têm facilitado ou suspendido as medidas.

No evento, o vice-ministro sênior de Relações Exteriores do Japão, Kentaro Sonoura, também observou que “enquanto o trabalho de reconstrução e recuperação está progredindo constantemente, o dano da reputação do acidente nuclear permanece, mesmo após seis anos”.

Ele enfatizou que os ministérios japoneses, incluindo relações exteriores e agricultura, bem como suas embaixadas e consulados no exterior estão trabalhando para garantir a segurança dos produtos japoneses, ao mesmo tempo em que instou outros governos a remover a proibição de importação.

O prefeito de Fukushima, Kaoru Kobayashi, gostaria que a reputação negativa se tornasse uma coisa do passado. Ele disse que os produtos da província são seguros, devido à tecnologia avançada utilizada na medição, monitoramento e inspeção de radioatividade e medidas de descontaminação, que ele disse ser o “melhor do mundo”.

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