13.7 C
Kóka
sábado, 15 março, 2025 4:12: am
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_img

3 razões pelas quais a China teme mudança de governo em Pyongyang

O Japão convidou a China para desempenhar um papel mais importante na contenção do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, sendo que Tóquio busca conseguir o apoio do gigante asiático na luta contra o programa norte-coreano.

3 razões pelas quais a China teme mudança de governo em Pyongyang.

O Japão convidou a China para desempenhar um papel mais importante na contenção do programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, sendo que Tóquio busca conseguir o apoio do gigante asiático na luta contra o programa norte-coreano.

O novo lançamento de míssil balístico norte-coreano, realizado em 29 de maio, confirmou os temores de Tóquio de que poderia ser ela, e não os EUA, um dos primeiros alvos de Pyongyang, caso um conflito armado de larga escala se irrompa.

Fato importante, o míssil lançado caiu a uns 300 quilômetros da costa japonesa.

Em entrevista à Sputnik China, o especialista russo Valery Kistanov afirmou que hoje em dia os temores do Japão estão se convertendo em histeria a nível nacional.

O analista assegura que os habitantes das regiões do país, banhadas pelo Mar do Japão, estão se preparando para ataques norte-coreanos contra as usinas nucleares e para o desembarque de tropas, indica Kistanov.

Tóquio entende toda a gravidade da situação e insiste que Pequim corte as relações comerciais com Pyongyang, já que o governo japonês considera ser esta a única fonte de sobrevivência do governo de Kim Jong-un.

A parte japonesa não quer que Pequim aumente a pressão, já que, segundo Tóquio, é impossível solucionar o problema norte-coreano sem sanções chinesas.

O entrevistado acredita ser pouco provável que os chineses deem tal passo porque isto, inevitavelmente, resultará em um colapso e em uma crise econômica da Coreia do Norte.

Kistanov assinalou que esta opção, evidentemente, não convém à China porque as implicações deste cenário prometem ser devastadoras.

Inclusive, caso a mudança de poder na Coreia do Norte seja realizada de maneira pacífica, a China teme três coisas.

Primeira, o problema das armas nucleares norte-coreanas e, segundo, o fluxo de refugiados da Coreia do Norte para a China.

A terceira causa parece muito mais preocupante para Pequim. Se a liderança norte-coreana não conseguir manter seu poder no país, surgirá um movimento de reunificação com a Coreia do Sul. Caso isto suceda, é possível que as tropas norte-americanas fiquem junto à fronteira chinesa.

“Pequim não pode permitir que esta linha vermelha seja cruzada por alguém”, disse Kistanov.

Quanto à solução armada, do problema norte-coreano, esta causaria uma catástrofe na região e os primeiros afetados pela represália de Pyongyang seriam o Japão e a Coreia do Sul.

“Embora os EUA estejam do outro lado do oceano, Tóquio e Seul enfrentam um cenário sem possíveis ganhadores”, resumiu.

Artigos relacionados

ÁSIA

spot_imgspot_img