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domingo, 23 fevereiro, 2025 3:08: pm
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Filipinas: Vice-presidente denuncia guerra contra as drogas de Duterte

Filipinas: Vice-presidente denuncia guerra contra as drogas de Duterte. A vice-presidente das Filipinas, Leni Robredo, exorta os filipinos a “desafiar as incursões em seus direitos” enquanto denuncia a guerra antidrogas do presidente.

A vice-presidente filipina protestou contra a repressão às drogas ilegais no país, dizendo que o problema não pode ser resolvido “com balas”, acrescentando que os filipinos devem “desafiar incursões em seus direitos”.

As declarações de Leni Robredo, algumas de suas mais acentuadas críticas, até agora, da campanha antidrogas de Rodrigo Duterte, poderão contrariar o presidente.

Em seu discurso, que será mostrado em um fórum ligado a ONU, sobre execuções extrajudiciais, na quinta-feira (16), ela expressou preocupações sobre a falta de transparência e responsabilidade na repressão de Duterte, e o crescente número de mortos, que ela descreveu como “execuções sumárias”.

Desde julho do ano passado, mais de 7.000 pessoas foram mortas, disse Robredo no vídeo.

“Agora estamos vendo algumas estatísticas muito sombrias”, acrescentou.

Robredo, que pertence ao Partido Liberal, de oposição, disse que recebeu várias queixas de moradores que foram presos pela polícia, que disse a eles que não tinham direito de exigir mandados de busca porque estavam vivendo ilegalmente em terras que não possuíam.

Ela disse que os filipinos devem exigir maior transparência na campanha e perguntar “por que ninguém está sendo responsabilizado”, citando que foram centenas de denúncias apresentadas à Comissão de Direitos Humanos, e que recomendou que o Departamento de Justiça apresentasse queixas criminais.

O porta-voz da polícia nacional, o superintendente sênior Dionardo Carlos, disse que as alegações, se verdadeiras, violavam a política da polícia e deveriam ter sido relatadas às autoridades, para que pudessem investigar.

Robredo disse que pediu, publicamente, a Duterte para que “direcione a nação para respeitar o Estado de Direito, em vez de desprezá-lo”.

“Pedimos-lhe que defenda os direitos humanos fundamentais, consagrados na nossa constituição, em vez de encorajar o seu abuso. Pedimos também ao povo filipino para desafiar incursões sobre os seus direitos”, acrescentou.

Duterte e seu chefe de polícia nacional disseram que não toleram assassinatos extrajudiciais, mas, repetidamente, ameaçaram suspeitos de drogas com a morte, em discursos públicos.

No mês passado, o grupo de direitos humanos “Amnesty International” acusou a polícia de se comportar como o submundo criminoso, que supostamente combatem, visando, sistematicamente, os pobres e indefesos, recrutando assassinos pagos, roubando as pessoas que matam e fabricando relatórios oficiais de incidentes.

SourceAljazeera

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