Japão permitirá trabalhadores estrangeiros qualificados nas fazendas, em zonas especiais. O governo japonês decidiu, nesta segunda-feira, permitir que trabalhadores estrangeiros qualificados trabalhem no setor agrícola, em certas zonas econômicas especiais, com o objetivo de aliviar a escassez de mão-de-obra no setor, exacerbada pelo envelhecimento da população japonesa.
“Decidimos permitir o emprego de trabalhadores estrangeiros no setor agrícola … para certas zonas estratégicas especiais”, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe, em uma reunião do conselho consultivo sobre zonas estratégicas nacionais.
Espera-se que a oferta seja restrita a candidatos que demonstrem um certo nível de habilidade – por exemplo, ter estudado agricultura em nível universitário em seus países de origem – e poderem se comunicar em japonês, até certo ponto.
Os empregadores das zonas especiais serão obrigados a pagar aos trabalhadores estrangeiros, pelo menos, tanto quanto os trabalhadores japoneses que fazem o mesmo trabalho.
Isto é diferente do sistema existente, introduzido em 1993, permitindo que os estagiários não qualificados de países em desenvolvimento trabalhem na agricultura e outros domínios, em busca de qualificação.
Esse sistema, que espera-se seja mantido separadamente, tem sido criticado como um veículo para a mão-de-obra barata forçada, tendo sido documentados casos de trabalhadores migrantes presos a condições opressivas.
As zonas estratégicas especiais visadas para receber trabalhadores agrícolas qualificados estão em Akita, Ibaraki, Aichi e Nagasaki.
Kozo Yamamoto, ministro da revitalização regional, disse aos repórteres, após a reunião, que o governo vai elaborar as especificidades do novo sistema, com o objetivo de apresentar uma emenda à lei sobre zonas estratégicas especiais, para a próxima sessão ordinária da Dieta, no início do próximo ano.
A população com 65 anos ou mais representaram cerca de 63,5% dos 2,10 milhões de pessoas no Japão que contavam com a agricultura como sua ocupação principal em 2015, de acordo com dados do governo.
Na mesma reunião, o governo decidiu permitir que pequenas creches, em zonas estratégicas especiais, acolhessem crianças de até 5 anos de idade. As regras existentes limitam-nas a cuidar de crianças com até 2 anos de idade.
O movimento é para lidar com a falta de creches, permitindo que os pais de crianças que querem voltar ao trabalho possam fazê-lo.
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