Coreia do Sul: o processo de impeachment de Park pode começar na próxima semana. A série de protestos em Seul sobre o escândalo de tráfico de influência da presidente, Park Geun-hye, deve culminar na próxima sexta-feira, quando os legisladores devem votar na moção para impeachment da líder.
O Partido Democrata revelou isso à Agência Yonhap, dizendo que, espera-se não haja mais atrasos no processo.
“Vamos tentar votar a moção de impeachment a partir do dia 2 de dezembro, e o mais tardar até 9 de dezembro”, disse o partido.
O partido disse também, à agência de notícias, que não buscará a idéia de um gabinete neutro agora, apesar dos partidos locais procurarem por isso.
Park está sob crescente pressão desde outubro, quando o escândalo de corrupção envolvendo sua amiga e confidente de longa data, Choi Soon-sil, explodiu na mídia.
Choi está presa desde então.
Segundo a Yonhap, especialistas políticos esperam que pelo menos 170 parlamentares apoiem a proposta da moção.
Pelo menos 28 parlamentares Saenuri devem votar pelo impeachment, antes que a moção seja bem sucedida.
No entanto, especialistas dizem que podem haver alguns legisladores nos partidos de oposição que podem votar contra, apesar de 32 legisladores Saenuri expressarem seu apoio.
Especialistas acreditam que, uma vez que a moção passe pela Assembléia Nacional, o processo de impeachment possa demorar no mínimo três meses.
O Tribunal Constitucional deverá, em primeiro lugar, rever a proposta e aprová-la, mas não há qualquer garantia.
Desde a controvérsia, Park emitiu um pedido de desculpas público e prometeu se submeter a um interrogatório pela equipe da promotoria. No entanto, ela tem estado, em grande parte do tempo, em silêncio sobre se aceitaria ou não a demanda pedindo sua renúncia, apesar dos protestos semanais e crescente oposição.
A notícia sobre o impeachment vem logo depois dos promotores invadirem os escritórios do Grupo Lotte e SK Group, bem como o Ministério da Estratégia e Finanças, e os Serviços de Alfândega da Coréia, na quinta-feira, como parte das investigações sobre o escândalo.
Lei do Conselheiro independente
Segundo o “The Korea Times”, o gabinete aprovou um projeto de lei que permite que os partidos de oposição escolham candidatos para um conselho independente, para investigar o escândalo.
Enquanto isso, a Yonhap disse que a lei entrou em vigor na terça-feira, depois que Park a assinou e publicou do diário oficial do Estado.
O documento também revelou que mais de 100 investigadores irão se juntar à equipe na averiguação sobre o escândalo.
O conselheiro independente terá 20 dias para se preparar para a investigação, após o que terão 70 dias para concluí-lo.
O prazo pode ser prorrogado por 30 dias, se a presidente aprovar a prorrogação.
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