Honda abrirá centro de Inteligência Artificial em Tóquio. A montadora japonesa Honda Motor Co. decidiu sediar seu centro de pesquisa de inteligência artificial (IA) em Tóquio, dizendo o local irá permitir uma interação mais estreita entre cientistas e investigadores do que no Vale do Silício, nos EUA.
De acordo com a Bloomberg, o centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) será lançado em 2017 e consolidará todas as atuais equipes de IA da empresa que estão no Vale do Silício, Europa e Japão, em Tóquio.
Yoshiyuki Matsumoto, presidente de pesquisa da Honda, disse em uma entrevista que a montadora escolheu Tóquio devido à saturação na área da Baía de San Francisco, que é o lar de milhares de empresas de tecnologia.
Matsumoto foi citado como dizendo que: “Nós não faremos muita diferença se fizemos as mesmas coisas que todo mundo faz no Vale do Silício, e nem todo mundo teve sucesso lá.” Em vez disso, a Honda espera alavancar os pontos fortes, tradicionais, de Tóquio, que incluem hardware, em seus empreendimentos de IA.
A Bloomberg aponta que a decisão da Honda, para enraizar-se em Tóquio, segue a tendência de outras montadores, como a Toyota, que tem um instituto de pesquisa nos EUA liderada pelo cientista de defesa Gill Pratt.
Baseando suas operações de P & D no Japão também permitirá a Honda o acesso a talentos de nível universitário e começar a colaborar com startups na área de Tóquio.
Matsumoto disse que a Honda pretende adotar um sistema de trabalho e salários mais flexível, a fim de atrair novos talentos de fora da indústria automobilística.
O campo da IA tem gerado muito interesse em empresas de tecnologia de todo o mundo, de modo que a Honda não é a única a investir.
No entanto, em julho deste ano, a Honda anunciou um projeto de pesquisa conjunta de IA com a SoftBank Corp., uma das maiores empresas de telecomunicações e de Internet do Japão.
A empresa automobilística planeja construir um “motor com emoção” usando a tecnologia IA – em outras palavras, eles querem construir um carro que possa falar com o seu condutor, com base em como o motorista está se sentindo no momento.
“Ao permitir que veículos “cresçam” ao compartilhar várias experiências com seus condutores, o projeto vai se esforçar para que os motoristas experimentem a sensação de que seu carro tornou-se um bom parceiro e, assim, formar um apego emocional mais forte em relação a ele”, disse a Honda, em um comunicado.
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