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sexta-feira, 22 novembro, 2024 12:33: am
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Indonésia executará 14 condenados por tráfico de drogas, apesar dos protestos

Indonésia executará 14 condenados por tráfico de drogas, apesar dos protestos. A Indonésia confirmou que vai executar 14 pessoas que estão no corredor da morte por crimes relacionados a drogas, nos próximos dias.

Funcionários de direitos humanos da ONU expressaram sua preocupação com as execuções, planejadas, pedindo a Jacarta para pôr fim a “injusta” pena capital.

Os condenados não foram, ainda, identificados pelo governo, porém, estão incluídos cidadãos da Nigéria, Zimbábue, Paquistão e Índia.

Eles serão executados na ilha-prisão Nusa Kambangan.

Os prisioneiros foram notificados sobre as suas penas, de acordo com a lei indonésia, e poderiam ser executados na sexta-feira de manhã.

O Procurador Geral, Muhammad Prasetyo, disse que os 14 condenados foram colocados em isolamento. As execuções acorrerão, no mais tardar, até domingo.

Zeid Ra’ad al-Hussein, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressou sua preocupação de que os presos não tenham recebido um julgamento justo, e exortou a Indonésia a suspender as execuções.

“O uso crescente da pena de morte na Indonésia é terrivelmente preocupante, e exorto o governo para acabar, imediatamente, com esta prática, que é injusta e incompatível com os direitos humanos”, disse ele em um comunicado.

“A pena de morte não é um elemento de dissuasão eficaz em relação a outras formas de castigo, nem protege as pessoas contra o abuso de drogas.”

Hussein pediu ao país para restabelecer a moratória sobre a pena de morte, que que foi suspensa há três anos.

Membros da família dos condenados visitaram os presos na quarta-feira em Nusa Kambangan, onde a Indonésia leva a cabo suas execuções.

A Indonésia tem algumas das leis anti-drogas mais duras do mundo, tendo executado 14 condenados – a maioria estrangeiros – no ano passado, sob a generalizada condenação internacional.

Grupos de direitos humanos e advogados têm pressionado o presidente Joko Widodo para conceder clemência aos prisioneiros, porém, o líder recebeu petições semelhantes no ano passado e as negou.

Se as 14 execuções forem concretizadas neste fim de semana, Widodo terá posto mais pessoas à morte em dois anos do que todas que foram executados na década anterior.

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SourceBBC

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