Holofotes: O Som Clássico do Pop Rock. Sabe quando alguém fala que algo “já nasceu clássico”? No caso do Holofotes, a banda parece ressignificar a expressão por surgir com tudo aquilo que o Rock (com R maiúsculo) tem de mais característico e tradicional – ou seja, de clássico.
Pode fazer uma lista do que uma boa canção – ou até mesmo hino – de rock possui, com riffs memoráveis, aquela energia incontestável e um peso sem timidez, tudo executado por excelentes músicos: Esse trabalho é feito por Gabriel Von Brixen (vocal e guitarra), Marcelo Oltramari (guitarra), Luciano Campo Grande (baixo) e Ítalo Vinícius (bateria) no grupo.
Você não precisa ser muito educado em música pra sentir o quanto os quatro são verdadeiros experts em seus instrumentos. O fato é que todos eles tem um histórico tão rico quanto variado, de forma que tudo aquilo que já viveram em diversos projetos contribua da sua maneira para criar a unidade do som que Holofotes faz. Essa maturidade gera não só uma postura mais profissional de todos eles, como também mostra-se como um grande diferencial do grupo para saber trabalhar sua carreira e suas próprias composições.
Há preocupação em ser relevante em forma e conteúdo, respeitando o legado do Rock e compreendendo o momento em que vivemos. Seria mais fácil investir na escolha de fazer algo mais parecido com o que todos fazem? Provavelmente, mas o Rock sempre foi sobre sair da sua zona de conforto, mesmo que você tenha muita experiência naquilo que faz. É quando a gente entende que o clássico está mais próximo do novo do que do “oldschool”. Ouça Holofotes e comprove. (By André Felipe de Medeiros)
Vamos conhecer um pouco mais da banda nessa entrevista com o vocalista Gabriel von Brixen:
Quem teve a ideia de criar a banda e como ela surgiu? A idéia partiu do Luciano Campo Grande e do Marcelo Oltramari, baixista e guitarrista respectivamente. Na época os dois dividiam apartamento e passavam horas tocando juntos, o que impulsionou o início de tudo. Algum tempo depois o Ítalo Vinícius tomou o posto de baterista e eu, Gabriel von Brixen assumi os vocais e guitarra, e esses quatro elementos são a Holofotes.
Qual era a ideia inicial? Era fazer versões de clássicos da música pop e world music, mas com arranjos diferenciados, com grande nível técnico e experimentações. Algumas dessas versões podem ser encontradas no nosso canal do YouTube. As versões foram, no início da banda o nosso diferencial, era o que nos destacava das outras bandas e mostrava que todos nós já tínhamos muita experiência e técnica acima do nível.
Os integrantes são os mesmos desde a formação inicial? Sim, com excessão do baterista, que inicialmente era a Marina Dias, e antes de mim, quem cantava era o André Abreu.
O pessoal veio de outras bandas ou a Holofotes foi a primeira? Todos nós viemos de uma longa estrada em diversos projetos individuais. Nós quatro temos em média 10 anos de caminhada antes da formação da banda em 2014. Tocamos como músico acompanhante de diversos artistas, em bandas covers e autorais de diversos estilos. Temos os quatro uma bagagem musical bem ampla. Sem contar que cada um de nós veio de um estado diferente do Brasil, enriquecendo muito a nossa forma de fazer música.
A banda toca apenas rock? O rock é o estilo de formação de todos nós. Começamos a tocar nossos instrumentos graças ao rock. Ao longo dos anos, fomos aprendendo outros estilos pra poder viver de música. Nosso baterista, o Ítalo veio de Maceió, o Marcelo veio da fronteira oeste do Paraná, Pérola do Oeste, eu vim de Porto Alegre e o Luciano veio de Campo Grande, então fizemos um blend cultural magnífico! Temos a cultura de cada estado, diferentes gêneros musicais, e o resultado disso você pode escutar no trabalho da Holofotes.
Quais são as influências musicais da banda? Todos nós crescemos entre 83 e 89, então todos nós pegamos bastante a fazer do grunge, rock alternativo e pop da época. Temos influência de Led Zeppelin, Creedance, Beatles, Blink 182, Green Day, Charlie Brown Jr, CPM 22, Nando Reis, Legião Urbana … nos alimentamos diariamente com coisas novas e antigas pra compor nosso próprio material autoral. Acho que nossas experiências diárias no mundo em que vivemos serve de influência grande. Nós falamos disso, do que vivenciamos.
Se fosse para abrir o show de uma banda famosa…qual seria? Gostamos de muitas coisas, tanto daqui do Brasil quanto de fora, mas se fosse pra abrir pra um artista específico acho que seria na reunião do Led Zeppelin! Seria a maior experiência de toda nossa vida.
Vocês são uma banda cover ou tem músicas autorais? Tocamos desde o início em diversos bares e pubs de São Paulo e interior 100% covers, pois é o mercado ideal pra uma banda que quer se sustentar tocando o que gosta, pegar muita experiência de palco, interação com público etc. E como resultado de tanta sinergia musical entre nós quatro e por nos divertirmos tanto tocando juntos, a música autoral veio como resultado disso. Nós compomos sim porque o que sai da Holofotes quando toca junto, é único. Então estamos 100% focados em composição e queremos lançar um belo disco muito em breve ainda esse ano.
Quem é o compositor da banda? Eu componho as letras geralmente e a gente constrói o arranjo em conjunto. Mas todos da banda opinam abertamente sobre frases, palavras pra que a gente acredite 100% no que está sendo dito, e se está sendo dito da forma certa. Temos uma parceria muito legal com um compositor amigo nosso chamado Tuba, que atualmente mora no Chile. Ele escreve muito bem e de uma forma a qual nos identificamos muito.
A Holofotes já tem CD gravado? Ainda não temos CD. Lançamos dois singles gravados em estúdio. “Quintal” e “Mundo”. Todas podem ser encontradas no nosso canal do YouTube, Facebook .
Como esta o momento do rock atualmente? A gente vem percebendo que o rock no Brasil continua tendo pouco espaço na grande mídia, rádio, TV etc. Mas percebemos que se o trabalho for bem feito, você tem um bom mercado pra conquistar, vender CDs nos shows, mechandising, shows autorais em parceria com outras bandas, promoções constantes com os fãs, conteúdo exclusivo, mater sempre o nível das publicações. Alimentamos nossas redes sociais incessantemente com conteúdo de qualidade, vídeos de cada show que fazemos, selfies com a galera. Isso tudo somado a um bom produto já amplia o mercado pois muitas bandas que tem material autoral não dá tanta atenção a isso, e não dá muito certo.
Há muitas dificuldades no meio musical para mostrar o trabalho da banda? Como estamos no mercado de cover, estamos inserindo nossas músicas no meio do show e isso tem funcionado muito bem! Nosso som combina muito com nosso repertório cover, então a galera acaba se identificando com o que mostramos de autoral, e inclusive pedem pra gente tocar no show, isso é muito gratificante. Acreditamos que esse trabalho feito com dedicação, parceria e cuidado, vai tomando a proporção que idealizamos lá na frente.
O que precisa mudar, para que o cenário atual ofereça condições das bandas mostrarem seus trabalhos? O cenário de música autoral no Brasil não é favorável faz um tempo, visto que culturalmente o brasileiro não tem por hábito fomentar a cultura local, bandas autorais locais e investir seu tempo e dinheiro nisso. Temos sim muita coisa boa sendo produzida e também tem espaço, mas falta investimento de grandes empresas, patrocínio de eventos, espaço nas rádios dedicados a musica local. Os espaços abrem suas portas, mas quando não tem público suficiente ou um apoio/patrocínio do governo pra fomentar o mercado musical local, com verba pra acessoria, rádio e divulgação também na TV, dificulta um pouco. Alguns projetos como Sofar Sounds fazem isso e devem haver mais eventos mensais desse tipo, pra que o público se habitue a prestigiar e valorizar os artistas locais.
Existe muita rivalidade entre as bandas? Não existe rivalidade não. O que existe é um certo distanciamento uma da outra. O mercado precisa de gente unida, que todos valorizem o próprio trabalho e um propague o trabalho do outro criando uma grande rede social musical. Quem trabalha com shows covers e vive disso, sabe se valorizar porque precisa disso pra viver, então não vejo outro caminho. E temos que reforçar o que é bom, quem cria e produz com qualidade. Isso vai fazer o nível aumentar e também chegar num público maior.
A internet contribui para que o trabalho da banda seja conhecido? Desde sempre. É o nosso meio pra chegar nos fãs, sempre foi e acredito que só não é maior que o próprio show! A internet ta massacrando as rádios e TVs, e abre espaço pra muita gente que não tem “bala na agulha” pra pagar jabá.
O que o público pode esperar de um show do Holofotes? O show da Holofotes tem energia, tem artistas que amam o que fazem, se divertem no palco, tocam extremamente bem e querem fazer todo mundo dançar, pular, esquecer seus problemas e, ao mesmo tempo, queremos passar uma mensagem bacana nas nossas letras, comunicação. O que acho mais legal é nossa interação com o público, a gente manda nossa energia e eles mandam de volta pra gente. Esse é o combustível da Holofotes.
A Holofotes tem novidades para os fãs? Em breve temos mais músicas autorais chegando! Se elas funcionam bem nos shows, a gente vai gravar! Esse é o nosso termômetro. Temos um longo caminho a percorrer e, como diz o Luciano, “a brincadeira tá só começando”!
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