Lenine Guarani: O talento musical esta no sangue. Lenine Guarani é o filho caçula do cantor Taiguara (falecido em Fevereiro de 1996) e nasceu no Rio de Janeiro, no dia 24 de agosto de 1988. Cantor, músico e compositor, seu nome foi uma homenagem do seu pai ao líder da revolução soviética, Lênin e quanto ao Guarani, ele está presente no nome da família para homenagear seus antepassados índios. A palavra vem do tupi-guarani e quer dizer guerreiro. Lenine teve influências musicais do pai ainda na infância, quando em casa, as músicas que costumava ouvir eram de Vinicius de Moraes, Baden Powell, Toquinho e Cartola, aprendendo assim a admirar estes grandes mestres da MPB. Quando tinha seis anos, acompanhou seu pai nas gravações do Brasil Afri, seu último trabalho, lançado em 1994. Lenine não se incomoda de ser conhecido como o filho do cantor Taiguara, afinal o talento é hereditário e deve se orgulhar disso.

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Lenine foi influenciado principalmente pelos artistas que frequentavam sua casa no Rio de Janeiro, quando se reuniam com o seu pai para ensaiar, tocar e conversar. Após a morte do pai em 1996, foi viver com sua avó materna em São Paulo. Começou estudar violão por curiosidade e influência dos amigos, e durante um ano e meio foi aluno no (Centro Livre de Aprendizagem Musical), escola de música dirigida pelo grupo Zimbo Trio.

Influenciado por MPB e bandas de rock dos anos 90, Lenine decidiu montar alguns grupos, fazendo shows em bares, até montar sua primeira banda chamada Pra Que Lado Fica Meca. A banda apresentava música popular brasileira e cover de clássicos, assim como grandes sucessos internacionais.

O primeiro show ao vivo foi no tradicional ponto musical no bairro da Saúde, Bar do Chico, na capital paulista. Após assistir Maria Gadú em espetáculo que marcava a volta da cantora de uma viagem pela Europa, Lenine conheceu Camila Wittmann e Toni Ferreira, artistas que tocavam música popular brasileira na noite e tinham muita experiência de palco e shows. O encontro e a amizade com os músicos, contribuíram para que se interessasse em participar nos festivais de música.

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Em 2009, participou do projeto musical O Quinta Dissonante, criado por Camila Wittmann, Bárbara Rodrix,Toni Ferreira e Bruno Piazza. O espetáculo itinerante lhe proporcionou grandes experiências e era destinado ao encontro de amigos músicos, cantores e compositores para tocarem e se divertirem juntos. Lenine foi convidado pelos idealizadores do projeto, se apresentando em várias edições e percorrendo as casas noturnas de São Paulo, por mais de um ano.

Se apresentar na noite, lhe trouxe experiência e em 2007, começou a compor canções que falavam sobre relacionamentos e o cotidiano, despertando em Lenine o desejo de gravar um disco.

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Lenine Guarani fez sua estreia em disco pela gravadora Kuarup com distribuição da Sony Music, onde gravou o CD Menino da Silva, sendo o segundo lançamento da companhia em sua volta ao mercado fonográfico. O CD foi gravado entre o final de 2011 e começo de 2012, em São Paulo. Morando na capital paulista desde a morte de Taiguara, seu pai, em 1996, o artista de 23 anos, que nasceu no Rio de Janeiro, começou a carreira cantando em bares da noite paulistana. No final do ano passado, o jovem músico se reuniu com o produtor e contrabaixista Pedro Baldanza, que tocou com grandes artistas da MPB como Elis Regina, Ney Matogrosso e Zizi Possi, para pesquisar o vasto acervo de canções brasileiras, acrescentar suas composições e selecionar o repertório do CD.

A opção das composições para o trabalho trouxe um processo pouco comum, porém enriquecedor na maneira de selecionar obras da música popular brasileira. As melodias escolhidas foram pouco regravadas ao longo do tempo e algumas sequer lembradas ou até esquecidas por seus criadores. O disco abre com uma canção autoral, Como Vai o Amor, composição de Lenine Guarani, que surgiu de um relacionamento amoroso do artista e traz as suas lembranças de uma paixão vivida. Os temas principais de inspiração do autor são músicas que falam sobre o cotidiano e relacionamentos.

O Quinta Dissonante foi o grande projeto musical que participou e lhe deu experiência. Criado por Toni Ferreira, Camila Wittmann, Bárbara Rodrix e Bruno Piazza em 2009, o espetáculo itinerante era destinado ao encontro de músicos, cantores e compositores amigos para tocarem e se divertirem. Convidado pelos idealizadores, Lenine se apresentou em várias edições do projeto que seguiu por mais de um ano, percorrendo várias casas noturnas de São Paulo.

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Com experiência em tocar e se apresentar na noite, Lenine começou a compor em 2007. Seus temas principais são canções que falam sobre relacionamentos e o cotidiano. A curiosidade de compor e fazer gravações caseiras no computador com outros músicos e amigos, despertou no artista a vontade de gravar um disco.

Lenine Guarani grava seu primeiro CD Menino da Silva, música que homenageia o avô  e uma das composições do seu pai que fazem parte do disco, trazendo regravações de nomes famosos da MPB. A melodia Como Vai o Amor, que abre o CD é composição do próprio Lenine. A segunda faixa O Velho e a Flor, é um samba de autoria de Vinicius de Moraes e Toquinho, sendo uma das primeiras composições do poeta que Lenine aprendeu a cantar em seus shows nas noites paulistanas. Recriada pelo produtor Pedro Baldanza, a canção trouxe um arranjo diferenciado e o compositor Toquinho se disse “lisonjeado” com a escolha de sua música. O parceiro de Vinicius de Moraes saudou o início da carreira artística de Lenine Guarani pela Kuarup. “Filho de um cantor que fez sucesso, o mínimo que eu tenho a dizer é que ele é corajoso porque sabe que vai ser comparado na imprensa e pelo público com o pai”, afirmou Toquinho. “Eu simplesmente tenho que dar os parabéns a ele por essa iniciativa e por essa briga de chegar e topar essa comparação. Tenho certeza que ele é um vencedor”, disse o parceiro de Vinícius de Moraes sobre Lenine Guarani.

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Toquinho lembra com emoção do pai de Lenine, o cantor e compositor Taiguara. “Falar do Taiguara é falar do meu início de carreira”. Ele conta que fez dupla com o pai de Lenine Guarani bem no começo de sua vida como artista, ainda com 16 para 17 anos, quando tinha de pedir ao pai autorização para tocar na boate Cave, na capital paulista, junto com Taiguara. O lendário radialista Walter Silva, o “Pica-Pau”, era o grande promotor dessa nova geração de artistas em São Paulo, que incluía então outro jovem desconhecido, Chico Buarque.

O pai de Lenine está presente em Samba do Amor, canção composta nos anos 90, umas das faixas de Brasil Afri, último trabalho lançado pelo pai em 1994. Originalmente um samba exaltação, a música traz lembranças do convívio com Taiguara e recordações das sessões de gravação do disco no estúdio. Catavento, quarta faixa do disco, composta por Camila Wittmann e Bruno Piazza, surgiu em uma viagem que Lenine fez com os autores na volta da cidade de Pereira Barreto, no interior de São Paulo, para a capital paulista, após participarem de um festival de música na cidade. A canção traz clima intimista e uma citação de Lamento Sertanejo, composição de Dominguinhos e Gilberto Gil, com o trabalho vocal de Lenine Guarani gravando todas as vozes.

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A quinta canção, Ponteio, um clássico da MPB, música de Edu Lobo e Capinam, foi escolhida pelo cantor gostar muito da obra e estar ligada à época dos festivais de música dos anos 60. Lenine Guarani revela um carinho todo especial pela composição que está presente em sua bela interpretação. O Olhar, de Taiguara, outra faixa do disco Brasil Afri, foi escolhida pela admiração de Lenine pela letra e melodia. A bela canção romântica presente no último disco do pai conta com o trabalho do músico Pedro Cunha no piano e acordeon. “Com poucos instrumentos e muita dinâmica fizemos uma base perfeita para a interpretação de Lenine Guarani. É uma das músicas que eu gosto muito”, comenta o produtor Pedro Baldanza.

A música PQP, de autoria do próprio Lenine com o músico Marcos Alma, propõe um clima praiano de alegria e diversão, presente na levada “groove” muito bem interpretada pelo violão do músico Paulo Ribeiro. Lenine frequentou muito a casa do produtor e a canção surgiu destes encontros que tinham também a participação da cantora e amiga Camila Wittmann. A melodia nos leva para a beira da praia. Aliás, no estúdio, onde foi feita a gravação, os músicos brincavam muito com a ideia da levada da canção semelhante ao que faz o conjunto baiano A Cor do Som.

Tristeza é Vagar, outra composição, a terceira de Lenine Guarani para seu trabalho de estreia, oitava canção do CD, marca o fim da relação do músico com um amor do passado. A bela e simples composição tem participação do violonista Paulo Ribeiro e o músico Julio Cerezo. O Cantador, obra-prima de Dori Caymmi e Nelson Motta, sugerida pelo produtor, é emblemática para Lenine Guarani. A canção dos anos 70 representa o ato de cantar. Sua releitura traz importantes mudanças harmônicas. “Foi emocionante no estúdio quando ouvimos a base pronta. O resultado mostrou um trabalho de interpretação e dinâmica que acredito muito raros hoje em dia”, comenta Pedro Baldanza.

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Agora Falando Sério, composição de Chico Buarque, foi sugerida para Lenine Guarani, que ouviu, gostou da letra e melodia, e resolveu gravar. Samba criado durante o exílio na Itália e lançado em seu quarto disco, em 1970, agora transformado em salsa, a regravação conta com o trabalho fundamental de percussão de Márcio Fortes, com belo solo de timbales feito pelo músico.

Menino da Silva, composição de Taiguara, faixa-título do primeiro trabalho de Lenine Guarani, foi escolhida por ele pela lembrança e importância da canção. A música foi feita pelo pai em homenagem ao seu avô Ubirajara. Para o músico, a composição retrata a trajetória artística da família e traz a esperança e incentivo para ele não deixar de tocar, cantar e compor. Quando o produtor Pedro Baldanza ouviu a versão original, composta em 1970, propôs um clima de regional paulista, com utilização de cavaco, pandeiro e violão. A canção que dá nome ao disco traz o primoroso solo de cavaquinho de Filipe Sanchez Dourado e a participação do clarinete de Tiago José Garcia que dá à melodia um clima todo especial, além da emocionante interpretação de Lenine Guarani.

Créditos da Kuarup: http://www.kuarup.com.br/index.php/artista/lenine-guarani/

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Cleo Oshiro
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