Japão e China trabalharão estreitamente nas sanções contra a Coreia do Norte. Japão e China finalmente confirmaram, nesta segunda-feira, quer irão trabalhar estreitamente na implementação de um novo conjunto de sanções, mais duras, contra a Coreia do Norte, recentemente aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, durante a primeira troca direta de palavras em mais de quatro meses entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países.
“Nós concordamos em coordenar, estreitamente, a implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU”, que tornou possível a imposição de sanções, disse o chanceler japonês, Fumio Kishida, aos repórteres em Tóquio após uma conversação de telefone de 45 minutos com o seu homólogo chinês, Wang Yi.
Kishida também revelou que disse à Wang da sua intenção de visitar a China em torno da primavera deste ano.
Kishida esperava falar com Wang ao telefone, depois que a Coréia do Norte realizou seu quarto teste nuclear em 6 de janeiro, em desafio a resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Mas a conversa não aconteceu, até segunda-feira, mesmo depois que a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance, utilizando tecnologia proibida de mísseis balísticos, no início de fevereiro, com as autoridades japonesas citando, anteriormente, a rejeição do lado chinês como razão.
Os dois chanceleres tiveram sua última conversa em 1 de novembro, em Seul.
Embora Kishida tenha dito que confirmou a cooperação na busca de soluções diplomáticas para a sua visita, os esforços das potências asiáticas em direção a uma melhoria substancial nas suas relações estão paradas nos últimos meses.
O impasse é, em parte, devido à irritação da China sobre repetidas críticas do Japão a Pequim sobre sua rápida construção de ilha e outras ações na disputa no Mar do Sul da China, de acordo com diplomatas.
Na semana passada, Wang culpou o governo japonês pela falta de progressos substanciais na reconstrução dos laços bilaterais, dizendo que a raiz do problema seria um equívoco, por parte de Tóquio, da ascensão da segunda maior economia do mundo.
“Há sinais de melhora nas relações China-Japão, porém há poucos motivos para otimismo”, disse Wang em uma conferência de imprensa em Pequim, à margem da sessão anual do Congresso Nacional Popular, principal órgão legislativo do país.
Após a última conversa, Kishida disse: “Eu salientei (a Wang) que, para melhorar a relação Japão-China, ambos os lados precisam fazer esforços construtivos.”
Mas um breve anúncio sobre sua conversa, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros Chinês, disse que ao discutir “como melhorar” as relações bilaterais, Wang expressou a esperança de que “o lado japonês fará todos os esforços construtivos” para isso.
Quando perguntado por repórteres se ele discutiu as altas tensões no Mar da China Meridional com Wang, Kishida disse que iria “abster-se de comentar sobre os detalhes” de suas negociações, mas acrescentou que eles “discutiram vários” temas, além da Coréia do Norte e problemas bilaterais.
A conversa por telefone foi realizada a pedido do Japão, de acordo com o ministério chinês.
Kishida disse que não pode analisar porque Wang optou por realizar a conversa somente agora.
Fonte: Japan Today http://www.japantoday.com/category/politics/view/japan-china-to-work-closely-on-n-korea-sanctions
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