Coreia do Norte: Japão, EUA e Coreia do Sul unidos para resposta. Os EUA, Coreia do Sul e Japão disseram que vão estar unidos em sua resposta a alegação da Coreia do Norte de haver testado com sucesso uma bomba de hidrogênio.
A Coreia do Norte disse que realizou o teste na quarta-feira – a confirmar-se, seria o seu quarto teste nuclear, e seu primeiro da mais poderosa bomba de hidrogênio.
O Conselho de Segurança da ONU também concordou em iniciar a elaboração de novas medidas contra a Coreia do Norte.
Mas o ceticismo permanece sobre se a Coreia do Norte realmente realizou tal teste.
Especialistas disseram que a atividade sísmica gerada pela explosão não foi grande o suficiente para ter sido uma explosão termonuclear total.
A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama falou separadamente com a presidente da Coréia do Sul Park Geun-hye e com o primeiro ministro do Japão Shinzo Abe.
Eles “concordaram em trabalhar conjuntamente para forjar uma resposta internacional unida e forte para este último comportamento imprudente da Coréia do Norte”, disse ele em um comunicado.
Abe disse aos repórteres: “Nós concordamos que o ato de provocação pela Coreia do Norte é inaceitável … Nós vamos lidar com esta situação de uma forma firme através da cooperação com o Conselho de Segurança das Nações Unidas.”
Ele acrescentou que o Japão pode tomar medidas unilaterais, dizendo que está “considerando medidas únicas para a nossa nação”.
O gabinete presidencial da Coréia do Sul disse em um comunicado que a Sra Park e Obama tinham concordado em cooperar estreitamente e que a comunidade internacional “deve certificar-se de que a Coréia do Norte pague o preço correspondente” para o teste nuclear, informou a agência de notícias Yonhap.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência na quarta-feira e condenou a alegação do teste como “uma clara ameaça à paz e segurança internacionais.”
O embaixador do Japão na ONU, Motohide Yoshikawa, apelou para uma nova resolução rápida e forte da ONU, insistindo: “A autoridade e a credibilidade do Conselho de Segurança será posta em causa se não tomar essas medidas.”
Mas o embaixador da Russia para a ONU, que tem desenvolvido relações mais cordiais com Pyongyang, disse que a Coreia do Norte estaria indo “longe demais”, para dizer Moscou apoia mais sanções.
Enquanto isso, a Coreia do Sul começou a limitar a entrada para o parque industrial de Kaesong na Coreia do Norte, dirigida em conjunto por ambos os países. Somente aqueles diretamente envolvidos em operações serão autorizados a entrar a partir do Sul, disse Ministério da Unificação de Seul.
Seul também disse que vai reiniciar as transmissões de propaganda através da fronteira na sexta-feira, um ato que o Norte se opõe fortemente. As transmissões foram interrompidas no ano passado como parte de um acordo com o Norte para aliviar as tensões que haviam se intensificado drasticamente no verão.
O teste nuclear ocorreu dias antes do aniversário de 33 anos de Kim Jong-un, que cai na sexta-feira e espera-se que seja marcado por comemorações na Coreia do Norte.
Os efeitos deveriam ter sido maiores
Bombas de hidrogênio são mais poderosas e avançadas, tecnologicamente, do que as armas atômicas, usando fusão – fusão de átomos – para liberar enormes quantidades de energia.
Bombas atômicas, como aquelas que devastaram as duas cidades japonesas na Segunda Guerra Mundial, usam fissão, ou a divisão de átomos.
Bruce Bennett, analista da Rand Corporation, está entre aqueles que duvidam dos teste de Pyongyang: “O efeito deveria ter sido 10 vezes maior do que o que eles estão alegando.”
A agência de inteligência da Coréia do Sul também disse a políticos que a potência estimada da explosão, ficou muito aquém do que seria de se esperar de uma bomba de hidrogênio.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest disse que “análise inicial não era consistente com as alegações da Coreia do Norte de um teste de bomba de hidrogênio bem-sucedida”. Mas ele acrescentou: “Nada do que tem ocorrido nas últimas 24 horas levou o governo dos Estados Unidos a mudar a sua avaliação das capacidades técnicas e militares da Coreia do Norte.”
Alguns analistas sugeriram que é possível que Pyongyang testou um “impulso” na bomba atômica, que usa algum combustível de fusão para aumentar o rendimento da reação de fissão.
Os EUA e os países vizinhos estão realizando pesquisas de amostragem atmosférica, na esperança de encontrar material radioativo que tenha vazado, o que daria indícios a respeito de que tipo de dispositivo foi testado.
Fonte: bbc http://www.bbc.com/news/world-asia-35249220
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