Andrew Laureth: Músico mostra sua arte na Holanda. O cantor e compositor brasileiro Andrew Laureth começou sua carreira em 2003, com a banda Sexto Comando. Em seguida veio a banda A(L)titude, com a qual lançou dois álbuns e fez shows no Brasil e também em Portugal, Itália, Inglaterra e Holanda, onde vive, na cidade de Amsterdam. O projeto solo surgiu no ano de 2011, com o álbum “Muito mais”. Três anos depois foi lançado “Janelas da Alma”, seu trabalho mais recente. Finalizado nos EUA pelo produtor americano Michael Binder, conhecido por produzir cantores como Tyler Ward e Alex G, o álbum traz também a participação da banda italiana LOrDS em duas faixas. Intitulada “Andrew Laureth Band”, a nova turnê tem circulado o Brasil e Europa em 2015. Além de apresentar suas próprias músicas, também há espaço para clássicos da música brasileira e do Pop Rock, tanto em formato acústico quanto com banda.
Andrew, você é natural de que Estado?
Eu nasci na cidade de Santa Teresa, que está localizada na região serrada do estado do Espirito Santo; atualmente estou vivendo na Holanda na maravilhosa cidade de Amsterdam.
Quando decidiu que queria se dedicar a música?
Acho que desde sempre (rsrs). Lembro que quando criança sempre tive dois sonhos, ser jogador de futebol ou músico… como não fui tão bom assim no futebol acabei me dedicando mais a música, mas fui começar a levar mais a sério a partir dos 13 anos com as primeiras bandinhas.
Além de cantor, músico e compositor, você da aulas de música?
Sim, gosto muito de passar adiante o que eu aprendi e continuo aprendendo como musico, e é muito gratificante plantar a semente da música nos corações de outras pessoas… a música tem o poder de transformar vidas.
Começou com música Gospel ou outros estilos?
Comecei na música gospel, meu primeiro contato com a música foi na igreja evangélica ouvindo e tocando musicas de bandas de rock gospel como Oficina G3, Fruto Sagrado, Resgate entre outras…
Quem você tem como influência musical?
Não tenho uma preferencia musical, gosto de música bem feita, feita com sinceridade independente do estilo… Mas posso citar aqui alguns artistas que influenciam no meu trabalho: U2, Coldplay, Ben Happer, Bob Marley, The Beatles, Switchfoot, John
Mayer, Brooke Fraser, Nando Reis, Legião Urbana, Tim Maia, O Rappa, Duca Leindecker entre outros.
Além das músicas próprias, quais bandas gosta de tocar nos shows?
Coldplay, Bob Marley, The Beatles, O Rappa, Paralamas…
Durante quanto tempo foi integrante da banda Sexto Comando?
A minha trajetória com o Sexto Comando foi de 4 anos e foi algo muito marcante na minha vida, aos 15 anos de idade entrei num estúdio profissional para gravar o primeiro CD e também subi num palco pela primeira vez para tocar para um grande publico… com o “Sexto” tive a oportunidade de tocar nos maiores festivais de música gospel do estado do Espirito Santo e fora também, o que contribuiu muito para o meu crescimento musical.
E da banda A(L)titude?
Com a A(L)titude foram 6 anos, gravamos um CD, um EP e fizemos vários shows, inclusive uma turnê na Europa. Foi um momento muito legal, de muito aprendizado que me fez evoluir
muito como artista.
A banda A(L)titude gravou em parceria com a banda italiana Le Origine Delle Specie?
Sim, a parceria com a “Le Origine Della Specie”, surgiu em 2012 quando eles estavam em turnê pelo Brasil e passaram pela nossa cidade natal “Santa Teresa” a partir de um projeto cultural… Além dos italianos gravamos também uma música chamada “Friday Night” com rapper americano “Eppic”.
O estilo das duas bandas eram os mesmos?
Sexto Comando era uma banda gospel e tocava um rock mais pesado com letras mais fortes com conteúdos que mesclavam fé e criticas sociais, já a A(L)titude trazia algo mais Pop com letras românticas.
Por que a decisão em seguir carreira solo?
Por questões pessoais, e de prioridades de cada componente da banda, decidimos encerrar as atividades com a A(L)titude no final de 2013, foi ai, sob influência de amigos e familiares, que decidi que deveria continuar com os meus trabalhos musicais de alguma forma, e como eu já tinha um trabalho solo que trazia uma proposta que unia tanto o lado de músicas com mensagens do Sexto Comando quanto o lado romântico da A(l)titude, resolvi retomar a carreira.
Andrew, como define sua música?
Na verdade, eu prefiro não definir a minha música, deixo que os ouvintes façam isso por eles mesmos… mas posso dizer que é uma música feita com muito amor e preocupação com a
mensagem a ser passada.
O que as pessoas podem esperar do seu álbum “Janelas da Alma”?
O álbum “Janelas da alma”, é um trabalho que traz um resumo dos meus 12 anos de estrada, traz músicas escritas recentemente e também músicas dos tempos do “Sexto
Comando”… Foi um trabalho feito com muito cuidado e carinho que contou com ótimos produtores musicais.
As músicas são todas de sua autoria?
As músicas são todas da minha autoria e algumas delas contando com alguns parceiros, como o meu pai, Théo, na música “Sua história, Bruno Novelli na música “Um dia”, e meus
amigos italianos Claudio Pilloni e Aldo Biasi nas músicas “Alice” e “Um dia”.
Como você vê o cenário musical Gospel no momento?
Pra ser sincero não tenho acompanhado muito o cenário gospel do Brasil, mas algumas coisas novas que surgiram me chamaram a atenção como “Os Arrais”, “Daniela Araújo”,
“Palavrantiga”, “Lorena Chaves”, entre outros… que trazem uma proposta exatamente de sair das paredes dos templos e levar uma mensagem simples através da poesia.
Hoje em dia, ficou mais fácil alcançar os jovens com músicas que fogem do tradicional?
Acho que pelo fato de que todos hoje tem acesso a internet, facilitou muito alcançar o publico de uma maneira geral, hoje você pode ouvir o que você quiser, não depende mais daquela seleção imposta por estações de rádios e redes de TV… com isso naturalmente é mais fácil divulgar músicas que fogem do tradicional… há publico pra todo gosto na internet, mas o que mais tem feito sucesso são músicas de gosto suspeito (rsrs).
Algum projeto ou novidade na carreira?
Atualmente estou excursionando na Europa com a turnê “Andrew Laureth Band”, onde apresento músicas dos meus dois CDs e clássicos da música brasileira e do Pop Rock internacional… Estamos planejando levar essa turnê para o Brasil no começo de 2016, gravando vídeos clips e também já comecei a pré produção de um novo CD para ser lançado ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Quando e por que decidiu viver no exterior?
Eu já havia passado uma temporada em Amsterdam em 2007- 2008 e sempre tive o sonho de voltar a viver no exterior, para estudar novos idiomas, conhecer novas culturas e também
divulgar a minha arte e a música brasileira em outras terras, e com o fim da banda achei que seria o momento ideal e tem sido uma experiência incrível.
Como foi sua adaptação?
No começo é uma mistura de sentimentos né? Tem aquele deslumbramento de estar vivendo algo novo, conhecendo pessoas novas e tudo mais, e ao mesmo tempo tem a saudade da família, dos amigos, aquele frio insuportável… mas com um tempo tudo vai se ajeitando.
O que sente falta do Brasil?
Do calor. (rsrs). Brincadeira, eu até gosto do friozinho, mas sinto falta da família, dos amigos, do calor e da simpatia do povo brasileiro, da praia, dos papos nos barzinhos e essas coisas de Brasil.
Com é a sua vida em Amsterdam?
É uma vida bem tranquila, andando de bicicleta pela cidade como um típico cidadão de Amsterdam. (rsrs). Trabalho como músico profissional, fazendo shows em lugares brasileiros e também internacionais e como professor de música.
O que mais te atrai ai?
Difícil escolher uma coisa… Mas acho que a organização…Tudo é muito organizado aqui… o trânsito, o transporte público, a segurança, a educação e o respeito das pessoas, o interesse pela música e a arte num modo geral… Eu realmente amo esse lugar…
Pretende retornar ao Brasil?
Ainda não tenho planos de voltar ao Brasil, apesar de sentir saudades de muitas coisas, mas acho que devo me dedicar ao meu momento por aqui.
Como a música brasileira é vista na Holanda?
É incrível, pois a música brasileira é recebida com muito respeito e admiração pelo público holandês… é sempre uma emoção diferente cantar um clássico da música brasileira e ver pessoas de outras nacionalidade se sentirem tocadas.
Qual estilo musical eles mais gostam?
O que eles mais conhecem de música brasileira é Bossa Nova, Samba, Forro raiz, mas também artistas mais populares da nova geração… muitos acompanham o que rola no Brasil.
Para encerrar, deixe uma mensagem aos jovens…
Deixo uma frase da música que dá titulo ao meu novo álbum
“Janelas da alma”
“Deixe o amor brilhar,
deixe o amor refletir no teu olhar,
brilhar, levar a paz em todo lugar…
No olhar de quem espera;
No olhar de quem ama;
No olhar de uma criança;
Eu posso ver o olhar de Deus”
Que o amor reine nos corações de todos, sempre sendo sinceros com os outros e com vocês mesmos…
Deus abençoe a todos..
Abraços
Andrew
Da Redação by Cleo Oshiro
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https://www.youtube.com/watch?v=a5V8seNiRe8
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