Cerca de 38 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica vão reforçar a segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, informou ontem (7) o Ministério da Defesa. No Rio de Janeiro, serão mobilizados 20 mil homens, além de 18 mil militares em Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo, que receberão jogos de futebol.
A operação deve custar, ao todo, R$ 580 milhões, valor aplicado desde o ano passado, conforme o ministério. O custo total é menor que o gasto na Copa do Mundo de 2014 pela Defesa (R$ 709 milhões), já que algumas estruturas do torneio devem ser aproveitadas nas Olímpiadas.
“A Defesa é responsável pelo espaço aéreo, pelo espaço marítimo, pelas áreas contra terrorismo e pela área de controle de estruturas estratégicas – como energia e torres de transmissão, segurança cibernética”, explicou o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi. O policiamento nas ruas cabe à Polícia Militar.
Segundo o ministério, mais de 15 mil atletas de 205 países vão participar dos Jogos, que começam em agosto do ano que vem. A pasta diz que cerca de 100 autoridades estrangeiras deverão passar pelo Brasil durante os eventos.
As Forças Armadas vão atuar na segurança de 65 modalidades, 44 eventos-teste e quatro cerimônias. Também está previsto o monitoramento da passagem da tocha olímpica por 300 cidades do país, que vai começar em 3 de maio de 2016 e deve durar 100 dias.
De Nardi disse que não descarta a possibilidade de atentado terrorista durante os Jogos. “A minha grande preocupação é de um lobo solitário. Esse, nem os Estados Unidos conseguem interceptar. E a Olimpíada tem esse viés”, afirmou o general. Ele destacou a necessidade de integração entre a Polícia Federal, a Interpol e as forças de segurança de outros países para o sucesso dos Jogos.
“Pela experiência que nós temos dos grandes eventos, estamos em condições de fazer o melhor e termos a melhor Olimpíadas dos últimos tempos”, finalizou De Nadai.
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