Maglev, que circula por levitação magnética, ultrapassou o próprio recorde atingido na semana passada.
Um comboio de fabricação japonesa que circula por levitação magnética bateu esta terça-feira o recorde mundial de velocidade em linhas férreas, ao atingir os 603 quilômetros por hora durante um teste perto do Monte Fuji.
O comboio de sete vagões de propriedade da JR Central, companhia ferroviária japonesa, circula através de um sistema de levitação magnética, que eleva a composição dez centímetros acima das linhas férreas e o faz circular através de ímãs carregados eletricamente. O Maglev, como foram batizados os trens que usam este tipo de tecnologia, tinha já atingido na semana passada, durante um outro teste, a velocidade de 590 km/h.
Ainda em fase experimental, o Maglev deverá vir a ser utilizado para ligar Tóquio e Nagoya, numa viagem de cerca de 280 quilômetros, que a JR Central pretende que seja realizada em apenas 40 minutos, menos de metade do tempo atual para aquele percurso. No entanto, o comboio só deverá entrar em atividade dentro de 12 anos, e a circular a uma velocidade máxima de 500 km/h, cerca de 200 km/h a mais que o máximo que atinge o Shinkansen, o “trem-bala” mais rápido em atividade no Japão.
Em 2045, o Japão espera ter comboios Maglev a ligarem Tóquio a Osaka em pouco mais de uma hora, metade do tempo necessário para percorrer os cerca de 500 quilómetros que separam as duas cidades.
O grande entrave a ter estes comboios a circularem a curto prazo é o custo da construção das linhas para os Maglev. Segundo estimativas avançadas pela AFP, estender as linhas até Nagoya teria um custo aproximado de 92,8 mil milhões de euros, com várias partes do percurso a ser feito em túneis ainda por construir.
Os comboios de alta velocidade japoneses e a tecnologia necessária à sua circulação têm sido uma das apostas de que o primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, tem levado nas suas visitas diplomáticas com vista ao desenvolvimento económico e às exportações. No próximo fim-de-semana, Shinzo Abe estará nos Estados Unidos onde irá promover estas tecnologias com vista a serem aplicadas em ligações ferroviárias entre Nova Iorque e Washington, nos EUA.
publico.pt
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