Odebrecht será a responsável pela ampliação do terminal internacional do aeroporto de Havana. EFE/Alejandro Ernesto
A construtora Odebrecht, que realizou a obra do megaporto de Mariel, próximo a Havana, será a responsável pela ampliação do terminal internacional do aeroporto da capital cubana, um projeto avaliado em US$ 207 milhões, publicou nesta segunda-feira a imprensa oficial da ilha.
Em março serão iniciados os trabalhos de restauração e modernização da terminal 3 para tornar “mais eficientes os serviços que recebem os quase dois mil viajantes que transitam pela instalação nas horas de pico”, afirmou o representante da Odebrecht em Cuba, Fabio Goebel, em declarações divulgadas pela revista online oficial “Cubacontemporanea”.
Para as obras do porto do Mariel, a empresa capacitou mais de três mil operários cubanos por meio do Creer, um sistema criado para trinar capacitar mão-de-obra local, iniciativa que também será realizada na ampliação do aeroporto.
Em janeiro do ano passado, a Odebrecht iniciou a primeira fase das obras do porto do Mariel, a 45 quilômetros de Havana, com um investimento total previsto de US$ 957 milhões, mais da metade financiados pelo BNDES.
Em 2013, durante uma visita à ilha do então ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, foi assinado um acordo com Cuba para a concessão de um crédito de US$ 176 milhões para a ampliação de cinco aeroportos no país.
No ano passado, Cuba superou pela primeira vez o limite dos três milhões de turistas, número que segundo alguns analistas pode duplicar quando os Estados Unidos retirarem a restrição para os americanos viajarem para a ilha, algo cada vez mais próximo no atual contexto de degelo diplomático entre Havana e Washington.
Além das obras no aeroporto, o BNDES também se comprometeu a financiar com US$ 290 milhões a segunda etapa das obras do porto do Mariel, que também será executada pela Odebrecht.
O porto está encravado na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel (ZEDM), a primeira do tipo em Cuba. O objetivo é que o local se transforme em um grande centro empresarial e pólo de atração ao investimento estrangeiro, sob condições fiscais e trabalhistas vantajosas para a instalação de empresas.
Cuba precisa de cerca de US$ 2,5 bilhões de investimento estrangeiro para garantir o êxito de suas reformas econômicas para “atualizar” o modelo socialista.
EFE
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