A lei do barulho no Japão não permite ruído superior ao que se faz numa biblioteca. Só que há mais mulheres trabalhando e mais crianças nas creches. E elas não são silenciosas. É preciso mudar a lei.
A zona residencial suburbana de Tóquio tem um limite de ruído marcado nos 45 decibéis, o que corresponde aproximadamente ao barulho que se faz ouvir dentro de uma biblioteca.
Apesar do decréscimo da natalidade no Japão, as várias reclamações que têm surgido sobre o barulho nos parques e jardins de infância estão obrigando a cidade a ponderar o limite de ruído. A notícia está exposta no Financial Times.
Este problema reflete a mudança social que o país está atravessando. As mulheres japonesas estão emancipando-se profissionalmente e, sendo assim, as infraestruturas para acolher as crianças durante o horário laboral dos pais tornaram-se insuficientes.
Yukie Nogami, presidente do subcomitê do Ambiente e da Construção, diz que a sua equipe vai debater uma proposta para terminar como a aplicação da lei do barulho para as crianças ou nos locais frequentados por elas.
Uma sondagem à população diz que dois terços dos japoneses concordam com o fim da lei. No entanto, a oposição argumenta que o problema não é da lei, mas da educação negligente.
O primeiro-ministro Shinzo Abe quer aumentar os índices de fertilidade. Os atuais 1,4 filhos por mulher tornam esse índice no Japão um dos mais baixos do mundo.
Abe pretende impulsionar a economia encorajando as mulheres a trabalhar.
Como consequência, a lista de espera para um centro de cuidado infantil ultrapassa as 40 mil crianças, o que levou o governo a prometer a criação de mais espaços até 2018. Esta medida está sendo contestada e levou à organização de campanhas.
observador.pt
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