Xenia França lançará em breve seu CD no Japão.
Xenia França lançou em outubro de 2017 seu primeiro disco solo, intitulado “XENIA”
(Natura Musical). Com produção de Lourenço Rebetez, Pipo Pegoraro e coprodução da
própria artista, “XENIA” reverencia o som que vem da diáspora negra, em uma sonoridade
essencialmente pop com pitadas de música eletrônica, jazz, samba-reggae, rock e R&B. Em breve Xenia estará lançando seu disco também no Japão.“Minhas influências desde pequena são Michael Jackson, Stevie Wonder, Gilberto Gil, Elza
Soares, Margareth Menezes, Ilê Aiyê, Olodum, Edson Gomes, Milton Nascimento, entre
outros. Também posso dizer que há pouco mais de quatro anos, vivo um verdadeiro caso
de amor pela música e cultura cubana. Neste trabalho, eu louvo esse povo tão
maravilhoso por meio do Batá, tambor sagrado presente entre as gravações.
De alguma forma tudo isso está no meu disco”, comenta a Baiana radicada em São Paulo. Xenia é uma cantora reconhecida entre outros, pelo seu trabalho dentro da banda Aláfia. Sua carreira começou em 2007, quando cantava na noite paulistana sambas e clássicos da MPB no extinto grupo Capadoxe. Inserida em um cenário artístico de resgate e propagação da cultura Afro-Brasileira, a cantora se transformou em uma referência de empoderamento e comportamento feminino, principalmente para as mulheres negras.
Xenia se apresentou no Auditório Ibirapuera (SP), Sesc Pelourinho (Salvador), SESC
Consolação, Teatro Pablo Toblón (Medellín, Colômbia), SIM, Casa Natura, entre outros.
A cantora já dividiu o palco com artistas como Elza Soares, Maria Bethânia, Emicida,
Criolo, Margareth Menezes, Teresa Cristina, Tássia Reis, Liniker, Filipe Catto, Roberta
Estrela D’Alva, Larissa Luz, Pipo Pegoraro, Batanga & Cia.
“A partir da ancestralidade e da régua e compasso dados pela Bahia natal,
Xenia traça voo ousado que pousa na contemporaneidade musical
brasileira sem clichês, com moderna arquitetura sonora, posta a serviço da
afirmação da mulher negra.” – Mauro Ferreira (G1)
“Não há sociedade que saia incólume da voz e do que diz uma artista com a
sua pujança. Longa vida à fortaleza sonora que Xenia proporciona.”
Alejandro Mercado (A Escotilha)
“As cortinas se abrem e ela está ali, preparada, dona de si… Toma o palco.
Sua voz e sua presença extrapolam os limites.. Sua imagem é mais que
moldura da sua voz doce e macia, é estratégia de existência, é poder!” – Val
Souza (Blogueiras Negras).
É saudando Exú com um oriqui afro-cubano que Xenia anuncia suas memórias e abre clarão no primeiro álbum da sua carreira solo. No disco homônimo, a artista canta a complexidade que é a existência de toda mulher negra fazendo desta obra uma manifestação transcendental. Nessa experiência musical que é criada não a partir do que se vê mas, a partir do que se sente, Xenia ao trazer as suas recordações também nos convoca o passado.
Ao falar de amor, nos devolve o desejo por declaração. Ao entoar a energia cósmica que esculpe a voz e as palavras, nos arremessa de volta as nascentes do saber que regem o feminino, força vital que mantêm ligados o presente, o passado e o futuro em uma melodia matriarcal.
Ao enunciar-se dessa encruzilhada, ela ao falar de si, fala de muitas, rompendo com poesia, os silêncios, a invisibilidade e trazendo através de ondas sonoras discussões importantes sem perder seu gingado metálico e eletrizante. Assim, cria um novo espaço na música nacional sintonizando-a com as principais tendências produzidas no mundo.
Inspirando-se numa estética negra que rompe fronteiras, o álbum incorpora a ancestralidade da black music e seu trânsito na diáspora africana; reforça a sua vocação como veículo de resistência e revela o seu potencial criador de espaços para tratar de individualidades. E são as atualizações presentes neste disco que fazem Xenia ser hoje um dos grande expoentes da música brasileira.
Dessas diversas influências que formam a sua identidade artística é nítido o cruzamento rítmico que sonoriza a África e as Américas com a presença da música cubana, do jazz, dos ritmos afro-baianos além de um R&B minimalista e da música eletrônica que com seus sintetizadores, recria nossas memórias de forma digital nos balançando em um ritmo envolvente e universal.
Produzido por Lourenço Rebetez e Pipo Pegoraro, o álbum traz duas composições da cantora – “Miragem”, “Perfeita para você” – e uma feita em parceria com Lucas Cirillo – “Para que me chamas?”-, além de uma versão da célebre “Respeite meus cabelos brancos” do músico Chico César. Nas participações especiais, Roberta Estrela Dalva recita Garganta e composições de Luísa Maita , Verônica Ferriani, Theodoro Nagô, Tibless e Lucas Cirillo são entoadas na voz aveludada da intérprete.
Realizando-se junto com a espera do público, Xenia materializa o seu encontro com a música eternizando a sua própria imagem: retrato da época em que assumia a posição de mór nas fanfarras musicais de Camaçari, interior da Bahia, terra onde cresceu. E é como comandante do seu próprio caminho, maestra de uma geração e regente do seu destino que ela vai te tirar para dançar, mobilizar e elevar dimensões. A música preta ganha uma aliada: Xenia é seu novo instrumento e a ela veio para servir.
Diane Lima (Crítica e curadora independente).
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