Musicista e poetisa Denise Emmer lança o livro Discurso Para Desertos.

Denise Emmer Dias Gomes Gerhardt (Denise Emmer), Poeta, violoncelista, musicista, cantora, graduada em física, adepta do montanhismo, conquistou vários prêmios no decorrer da sua trajetória. No dia 21 de março de 2018 Denise lançou seu 18livro “Discurso Para Desertos“. A Casa da Leitura da Biblioteca Nacional e a Escrituras Editora promoveram um coquetel de lançamento para prestigiar a artista e convidados. Denise publicou seu primeiro livro (Geração Estrela) aos 15 anos de idade. O dom literário é herança dos pais, a novelista Janete Clair e o dramaturgo Dias Gomes, ambos falecidos e grandes ícones da teledramaturgia brasileira.

Acima Denise com a sua xará Denise Frossard, amiga e companheira de montanhismo. A poeta através de seus versos, fala sobre os desertos e os oásis passeando com uma certa leveza e nostalgia sobre temas como finitude, perdas e violência, e presta uma homenagem ao irmão caçula Marcos, que morreu na infância, com o poema Pequena Elegia para Marcos. Denise tem dois irmãos, frutos do primeiro casamento de Dias Gomes com Janete Clair, Guilherme Emmer Dias Gomes e Alfredo Dias Gomes.

Guilherme Emmer Dias Gomes, Denise Emmer e Alfredo Dias Gomes.

O escritor, dramaturgo e ator Sergio Fonta assinou o prefácio da obra, que conta com apresentação do escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Nejar.

Denise nasceu em 18 de junho de 1959 no Rio de Janeiro, tendo iniciado os estudos de piano na infância. Autodidata em violão, começou a compor aos 10 anos de idade. Na pré-adolescência já nutria uma grande admiração por Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado, e acumulava inúmeros rascunhos de poesias que ela mesma escrevia.

Denise recebeu elogios do poeta e acadêmico Ivan Junqueira (Folha de S.Paulo) que afirmou: “Denise é um dos maiores poetas de sua geração”. A romancista Rachel de Queiróz, em prefácio de “Teatro dos Elementos”(1993), onde diz que “Ela pega das palavras seus elementos poéticos e faz deles um uso extremamente pessoal, inventa, recria, redistribui, suscita imagens absurdamente inesperadas e mágicas”…

Na área musical teve várias canções em trilhas sonoras das novelas globais, Assim na terra como no céu (1970), Bandeira 2 (1971), Bravo (1975), Pulo do Gato (1978), Pai Herói (1979), Coração Alado (1980), Voltei pra você (1983) e Sinhá Moça (1986). O disco pela Som Livre da música “Alouette” (Pai Herói), lançado em 1980 trouxe a Denise o reconhecimento do público.

Em 1980 grava pela Tape Car o primeiro Long Play da carreira Pelos Caminhos da América, que continha composições suas. O segundo LP Toda Cidade É um Pássaro, totalmente autoral e independente, aconteceu em 1981 atuando como cantora e instrumentista. Em 1983 gravou seu terceiro LP Canto Lunar (Som Livre), apenas com canções autorais. Cantiga do Verso Avesso – produção independente (1992)

Trio Movimento Musical

Criou em 1994 o grupo Trovarte, sendo a vocalista ao lado de Beto Resende (violão), Ivan Sérgio Niremberg (viola) e Ludmila Plitek (violino). Em 1995 gravam o CD Cinco Movimentos e um Soneto (Leblon Record) com com participação de Jacques Morelembaum, e poemas de Ivan Junqueira musicados por Denise.

Em 2004 Denise gravou o CD Mapa das Horas (Lumiar Discos) com poemas consagrados e musicado por ela. Capote de Pedras Capote de Pedras (Tratore) foi o trabalho mais recente de Denise em 2016. O CD conta com a participação dos músicos Ricardo Santoro (violoncelo), David Gang (flautas,) Carlos Prazeres (oboé), Ronaldo Diamante (baixo elétrico) e Denise Emmer (voz, piano, violão e arranjos vocais). Denise faz parte de vários projetos musicais, entre eles o Trio Movimento Musical ao lado do Prof: Luis Felipe Oliveira(violino), Prof: João Paulo Romeo (piano) e a Prof: Denise Emmer (violoncelo).

Obras de Denise Emmer:

Denise e Raimundo Gadelha no lançamento do seu 18º livro Discurso para Desertos.

1975 – Geração Estrela — Paz e Terra (poesia com prefácio de Moacyr Félix)
1981 – Flor do Milênio — Ed. Civilização Brasileira (poesia)
1982 – Canções de Acender a Noite — Ed. Civilização Brasileira (poesia com prefácio de Paz Loureiro)
1985 – A Equação da Noite — Ed. Philobiblion (poesia)
1987 – Ponto Zero — Editora Globo (poesia com prefácio de Antônio Houaiss e posfácio de Olga Savary)
1989 – O Inventor de Enigmas — Ed. José Olympio (poesia com prefácio de Ivan Junqueira)
1990 – Invenção para uma Velha Musa — Ed. José Olympio (poesia com prefácio de Nelson Werneck Sodré)
1993 – Teatro dos Elementos & Outros Poemas — Ed. Sette Letras (poesia com prefácio de Rachel de Queiróz)
1994 – O Insólito Festim — Ed. Nova Fronteira (romance com prefácio de Raquel de Queirós)
1995 – Cantares de Amor e Abismo — Ed. Sette Letras (poesia)
1997 – O Violoncelo Verde — Ed. Civilização Brasileira (romance com prefácio de Sérgio Viotti)
2002 – Poesia Reunida — Ed. Ediouro (poesia)
2006 – Memórias da Montanha — Ed. Ediouro (romance)
2008 – Lampadário – Ed. 7Letras (poesia com prefácio de Alexei Bueno)
2011 – Assombros&Perdidos – Ed. 7Letras (poesia com prefácio de Frederico Gomes)
2013 – Poema Cenário – Ed de Cultura ( poesia ilustrada)
2015 – Poema Cenário e outros silêncios – Ed 7Letras (poesia)
2018 – Discurso Para Desertos (poesia com prefácio de Sergio Fonta)

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Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
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