Michio O’Hara e Filpo Ribeiro: O Som que passa o Mar – A imigração do instrumento musical.

O Som que passa o Mar – A imigração do instrumento musical, é um projeto que une o rabequista brasileiro Filpo Ribeiro e o cravo e maestro japonês Michio O’Hara. Neste projeto, Filpo Ribeiro é convidado a se apresentar no Japão apresentando a rabeca de tradição Europeia medieval-renascentista e a atual no Brasil com acompanhamento do maestro O’Hara. Filpo Ribeiro é de ascendência  japonesa, e este projeto vai celebrar o jubileu dos 110 anos depois da primeira imigração dos Japoneses para o Brasil em 1908.

Foto by Neube Neto

Filpo Ribeiro estudou na Universidade Livre de Música (atual EMESP – Tom Jobim) e na Faculdade Alcântara Machado (FAAM). Realiza diversos trabalhos e pesquisas com instrumentos da tradição popular brasileira como rabeca, viola caipira, marimbau e violão. É um dos criadores do grupo Jovens Fandangueiros do Itacuruçá, da Ilha do Cardoso (Cananéia/SP).

Foto by Beatriz Ataidio

Durante dois anos trabalhou junto ao grupo Paranapanema pesquisando e executando repertório baseado no samba paulista, congadas e batuques de umbigada. Como grupo Guarará participou do projeto “Guarará é Batido com a Mão!”, aprovado pelo PAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura. O projeto circulou por seis cidades do litoral e interior o Estado, realizando shows e oficinas com os grupos tradicionais locais.

O grupo ainda foi contemplado no programa Petrobrás Cultural 2008/2009 realizando gravações de músicas inéditas e autorais. Participou de shows e gravações de artistas como o cantor e compositor Jonathan Silva (ES), banda Maria Preá (MA), Comadre Fulozinha (PE), Cia Cabelo de Maria (SP), Guarará (SP), Tião Carvalho (MA), Di Freitas (CE), Kátya Teixeira (SP) e Inimar dos Reis (MG). Em 2012 gravou o programa Ensaio (TV Cultura) com o trabalho solo de Sebastião Biano, da Banda de Pífanos de Caruaru.

Foto by Rodrigo T. Marques / Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo

Foi fundador e integrante do grupo Pé de Mulambo, ao lado os músicos Guluga (Recife/PE) e Rone Gomes (Olinda/PE), cujo trabalho reúne composições próprias e temas tradicionais relacionados ao universo da rabeca brasileira e da viola de dez cordas. Com eles lançou dois CDs: Segura Essa Munganga aí, Menino!, 2011, e Giro Solto, 2013, assinando a direção musical ao lado de Marcos Alma (ambos pelo Selo Cooperativa de Música/Tratore). O primeiro disco foi premiado no mesmo ano pelo edital ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura e em 2012 foi finalistas do 23º Prêmio da Música Brasileira 2012 na categoria “Melhor grupo – música regional”.

Foto by Rodrigo T. Marques / Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo

Em 2014 deu sequência na pesquisa da rabeca e viola brasileira criando o grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo, realizando shows e oficinas ligadas à cultura popular, forró e o universo dos dois instrumentos. O grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo surgiu da necessidade do músico Filpo Ribeiro em dar continuidade à sua pesquisa em torno do universo da rabeca, processo iniciado com o grupo Pé de Mulambo. Com o fim deste último, juntou-se ao músico e produtor paulistano Marcos Alma (com quem já havia produzido os dois CDs do Pé de Mulambo) para iniciar o novo projeto. A formação ficou completa com a chegada dos paraibanos Guegué Medeiros e Diogo Duarte.

Foto by Rafael Pimenta / Sebastião Biano e Seu Terno esquenta muié

Em 2016 o CD Sebastião Biano e seu terno Esquenta muié foi finalista do 27º Prêmio da Música Brasileira como melhor álbum instrumental. Atualmente acompanha o cantor e compositor Jonathan Silva (ES) como músico e diretor musical do show e do CD Precisa-se de compositor com experiência, a Cia Cabelo de Maria (SP) e Sebastião Biano e seu terno esquenta muié. Com seu grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo lançou o CD Contos de beira d’água (2017), aprovado pelo edital ProAc, realizando shows de lançamento por diversas cidades do Estado de São Paulo. O CD está nas plataformas digitais, com distribuição da Tratore.

Soundcloud: https://soundcloud.com/filporibeiro
Soundcloud: https://soundcloud.com/filporibeiroeafeiradorolo
Soundcloud: https://soundcloud.com/jonathancompositor
Soundcloud: https://soundcloud.com/pedemulambo
Website: http://www.projetoguarara.com.br/
Myspace: https://myspace.com/difreitas
Facebook: https://www.facebook.com/filpoeafeira/

Michio O’Hara, natural de Nagoya – Japão, dedica-se à interpretação de música antiga em instrumentos de tecla históricos (cravo e fortepiano). Da sua carreira concertista como solista destacam-se as suas participações no festival de música antiga “Alte Musik Treff” de Berlim (Alemanha em 2005), no ciclo de concertos em Schleswig-Holstein (Alemanha em 2006), nos concertos comemorativos dos 250 anos da morte de Domenico Scarlatti em Gelnhausen (Alemanha, Nagoya e Japão) o concerto no Japão foi gravado para a televisão japonesa. Realizou concertos em Monte Compatri (Itália), Kwanjiu e Yeosu (Coreia do Sul em 2008), concerto em Frascati (Itália) a convite da “Associazione Musicale Karl Jenkins” em 2012, recitais de música portuguesa para instrumentos de tecla em Berlim, Alemanha, Grottaferrata (Itália) e Aveiro (Portugal em 2013).

Atualmente toca e dá concertos em Portugal todos os anos desde 2013. Desde 2015 dá Masterclass do cravo no Porto, especialmente pelo Conservatório de Música do Porto onde foi convidado em 2016 como professor do Masterclass, e em 2017 convidado ao concerto de jubileu do 100 anos. Desde 2017 ele tem contrato com a Naxos, marca de CD. Foi diretor musical da Orquestra Barroca de Nagoya de 2009 até 2015. Do trabalho realizado com esta orquestra destacam-se a ópera “Xerxes” de G. F. Handel em 2013 e a ópera “Bastien und Bastienne” de W. A. Mozart em Abril de 2015.

Estudou musicologia na “University of Arts” de Aichi (Japão) de 1997 a 2001, obtendo o 1º prêmio nesta Universidade pela sua dissertação. De 2001 até 2005, estudou trompa natural com Oliver Kersken e cravo com Wiebke Weidanz e Michaela Hasselt na Hochschule für Musik und Theater de Leipzig, Alemanha. Diplomou-se nesta instituição como trompista natural em 2005.De 2005 até 2008 continuou ainda os seus estudos de cravo e fortepiano com Wiebke Weidanz na Hochschule für Musik und der darstellenden Kunst de Frankfurt am Main, Alemanha. Em 2009 esteve na final do concurso “Osaka International Music Competition”.É membro da “Sociedade Luso-Nippônica”, ambos de Tóquio e de Osaka desde 2014, também é da organização de “Yamanote Music Festival” de Nagoya desde 2010, organizando vários concertos apoiados pela Embaixada de Portugal em Tóquio, pelo Instituto Camões.

DATAS DOS CONCERTOS:
7 de Outubro de 2018 às 18h, Tóquio – Nakano
12 de Outubro de 2018 às 11h30- Nagoya
13 de Outubro de 2018 às 15h- Osaka
14 de Outubro de 2018 às 15h- Nagoya

Repertórios:
– Música medieval e do Renascimento
Afonso X (1221-1284), Cantigas da Santa Mária.

Tomas Luís de Victória (1548-1611) Ricercare
António de Cabezón (1510-1566), Diferencias sobre el Canto del Cavallero
Diego Ortiz (1510-1570), O felici occhi miei
João IV (1604-1656), Crux fidelis
Antonio Valente (1520-1580), Lo Ballo del’Intorcia
Giorgio Mainerio (1530/40-1582), Il Primo Livro de Balli

– Música brasileira
Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Petiteza W048
Chiquinha Gonzaga, Gaúcho
Hermeto Paschoal, Forró Brasil
Filpo Ribeiro, Xôro sem C
…etc

Bilheteria:
Tóquio (7 de Outubro) 3000Yen com reserva/ 3500Yen sem reserva
Nagoya (12 de Outubro) 1000Yen
Osaka (13 de Outubro) 3000Yen
Nagoya (14 de Outubro) 2500Yen
Apoio: Embaixada de Portugal/Embaixada do Brasil
Kinoshita Internacional (oferta do vinho da Madeira nos dias 7 e 13)
Sociedade luso-nipónica de Tóquio e Osaka
Faculdade de artes e música Aichi (University of Arts Aichi)

Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
Últimos posts por Cleo Oshiro (exibir todos)