João Bosco lança o single “Onde estiver” em parceria com o filho Chico.

João Bosco (71), cantor, compositor e violonista brasileiro, estará lançando em setembro seu novo álbum, após oito anos do último CD de canções inéditas  “Não vou pro céu, mas já vivo no chão”. Bosco apresentou ao público “Onde estiver”, o primeiro single do CD, divulgado numa sexta-feira (11/8) nas plataformas digitais.  A canção é uma composição em parceria com o seu filho Francisco Bosco. “Sempre gostei daquela forma do Bob Dylan de incluir na canção uma história, logo quando ele gravou “Like a rolling stone, Blowin in the wind” . O nome do CD ainda não foi divulgado. Quando fiz esta canção senti um pouco isso, que era uma canção que queria contar uma história, que essa história envolveria pessoas, e que essas pessoas ficariam comprometidas com essa canção. Falei sobre isso com o Chico, mostrei para ele a música, falamos sobre o Dylan, e o Chico então voltou com  “Onde estiver”, conta João Bosco em comunicado à imprensa.

João Bosco escolheu o  “Dia dos Pais”  para começar a publicar uma série de pequenos vídeos sobre a canção “Onde Estiver”. Com lançamento previsto para setembro (pela dobradinha MB.P Discos/Som Livre), o novo álbum de João Bosco chega 8 anos depois de “Não vou pro céu, mas já vivo no chão”, ultimo CD de inéditas do compositor e violonista mineiro. Em 2012 Bosco havia lançado “João Bosco – 40 anos depois” , reunindo sucessos de seu repertório e convidados como Chico Buarque, Milton Nascimento e João Donato.

A nova safra de João Bosco começou a ser conhecida com o lançamento do single “Onde estiver” no dia 11 de agosto, nas principais plataformas digitais. Parceria de João com Francisco Bosco, “Onde Estiver” nasceu de conversas entre pai e filho. “Sempre gostei daquela forma do Bob Dylan de incluir na canção uma história, logo quando ele gravou “Like a rolling stone”, “Blowin in the Wind”. Quando fiz esta canção senti um pouco isso, que era uma canção que queria contar uma história, que essa história envolveria pessoas, e que essas pessoas ficariam comprometidas com essa canção. Falei sobre isso com o Chico, mostrei para ele a música, falamos sobre o Dylan, e o Chico então voltou com ‘Onde estiver’ ”, conta João Bosco.

Francisco e João Bosco

“No fundo a gente vai dar naquela coisa do amor mesmo, do afeto, da proteção, do cuidado, porque tudo isso acaba voltando para você, e você está envolvendo as pessoas dentro destes sentimentos. Nesse momento de tantos problemas eu acho bacana a gente ter canções que nos remetem a este chamamento do cuidar, do proteger, de estar junto e se comprometer com isso”, define João, que compôs outras 4 canções com o Francisco Bosco para o álbum inédito. Casado com Angela Mucci Bosco, João é pai da cantora Julia Bosco.

Da gravação de “Onde Estiver” participam músicos/colaboradores de longa data, como guitarrista Ricardo Silveira e o baterista Kiko Freitas, além de baixista Guto Wirtti, que toca com Bosco há 5 anos.

Por Francisco Bosco:
Não se nasce pai, torna-se pai. E como tornar-se um pai? Amando os filhos. E como amar os filhos? Cuidando, zelando, velando, protegendo e ao mesmo tempo expondo, liberando e ao mesmo tempo limitando, conhecendo as maiores alegrias e as maiores fragilidades do amor (deus nos proteja das doenças das crianças). É isso um pai: um céu sobre a cabeça dos filhos. Um céu que os filhos sentem protegê-los, mas que também sentem às vezes trovejar sobre seus seres ainda tão vulneráveis. É isso um pai: um céu, pois, como o céu, está em todos os lugares. Ser pai é para sempre e por todos os lugares onde estiver. É descobrir o irreversível no tempo e no espaço. Onde estiver sempre trago vocês dentro do meu coração. E onde estiverem me levem também, somos um só coração.

João Bosco de Freitas Mussi, nasceu no dia 13 de julho na cidade de Ponte Nova-MG. Filho de pai libanês e de uma família repleta de músicos, a mãe e a irmã tocavam violino e piano. Formado em engenharia, nunca exerceu a profissão optando pela carreira musical que teve seus primeiros passos ainda na infância, quando aos 12 anos se interessou pelo violão. No ano de 1967 na cidade de Ouro Preto, onde estudava, conheceu o compositor Vinicius de Moraes, na casa do pintor Carlos Scliar.

Com Vinícius compôs algumas canções como Samba do Pouso, Rosa-dos-ventos, O mergulhador, entre outras. Em 1970 durante suas férias no Rio de Janeiro, conheceu o compositor Aldir Blanc, com que realizaria uma grande parceria de sucesso, com canções como O bêbado e a equilibrista,  Falso brilhante, O mestre sala dos mares,  Fantasia, Bala com bala, O ronco da cuíca, Kid cavaquinho, O rancho da goiabada, De frente pro crime,  Caça à raposa, Bodas de prata, Latin Lover, Corsário, dentre muitas outras contabilizando mais de cem canções em parceria.

João Bosco e Elis Regina

A primeira gravação Agnus Sei, saiu no disco de bolso do jornal O Pasquim em 1972 e nesse mesmo ano conheceu a cantora Elis Regina que gravou Bala com Bala, uma parceria sua com Blanc e logo após o grande sucesso Dois pra lá, dois pra cá.  Em 1973 assinou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome. João teve outras parcerias de grande importância durante a sua jornada, entre elas Capinam “Papel Machê”, Wali Salomão e Antonio Cícero“Holofotes”, e Francisco Bosco, seu filho poeta, responsável pela parceria das composições no disco “As Mil e Uma Aldeias”.

Em 1974 João tem as suas canções em parceria com Aldir Blanc, O mestre sala dos mares, Dois pra lá, dois pra cá no LP de Elis Regina e no ano seguinte João gravou seu segundo LP  “Caça a raposa” conteúdo somente canções em parceria com Aldir, entre elas “Kid Cavaquinho”, que foi sucesso na voz de Maria Alcina. Em 1976 lança o LP “Galos de briga” e em 1977 gravou o LP “ Tiro de misericórdia” , com as  canções “Falso brilhante”, “Vaso ruim não quebra”,”Gênesis (Parto)” entre outras.

O LP “Linha de passe” foi lançado em 1979, com destaque para as músicas “O bêbado e a equilibrista” (c/ Aldir Blanc) e “Sudoeste” (c/ Paulo Emílio), além da faixa-título (c/ Aldir Blanc e Paulo Emílio), entre outras.  Em 1980 grava o LP “Bandalhismo”,  com as músicas “Profissionalismo é isso aí”, “Siri recheado e o cacete” e a faixa-título, entre outras, em parceria com Aldir Blanc, além de “Tal mãe, tal filha” (c/ Paulo Emílio e Aldir Blanc) e “Anjo torto” (c/ Guerra Baião).

João Bosco e Aldir Blanc

Em 1981, lançou o LP “Essa é a sua vida”, e novamente apresentando canções em parceria com Aldir Blanc, como “Cabaré”,”Perversa”, “Amigos novos e antigos” e “O caçador de esmeraldas” (c/ Aldir Blanc e Cláudio Tolomei). Em 1982, João gravou o LP “Comissão de frente”, e a parceria com Aldir Blanc se faz presente com as canções “A nível de…”, “Abigail caiu do céu” e a faixa-título, entre outras, além de “Coisa feita”, “Nação”, e “Galo, grilo e pavão” (todas com Aldir Blanc e Paulo Emílio).

No ano de 1983, apresentou-se no XVII Festival de Montreux (Suíça), ao lado de Caetano Veloso e Ney Matogrosso. O show foi registrado no LP “Brazil Night – ao vivo em Montreux”. No mesmo ano realizou sua centésima apresentação em shows no Teatro TUCA de São Paulo. O espetáculo foi gravado e lançado no LP “João Bosco ao vivo: centésima apresentação”.

João  participou em 1984 do Festival Yamaha (Japão) com “Prêt-à-porter de tafetá”, contemplada com o prêmio de Melhor Música. A canção foi registrada em seu LP “Gagabirô”, lançado no mesmo ano, incluindo as composições “Papel marché” (c/Capinan), “Bate um balaio ou Rockson do Pandeiro” e “Senhoras do Amazonas” (c/Belchior) entre outras.

Aldir Blanc e João Bosco

Em 1986, gravou o LP “Cabeça de nego” com suas canções “Bote Babalu pra pular no pagode”, “Quilombo” (c/ Aldir Blanc), “Odilê, odilá” (c/ Martinho da Vila) entre outras. O LP “Ai, ai, ai, de mim”, contendo suas canções “Si si, no no”, “As minas do mar” (c/ Aldir Blanc), “Quando o amor acontece” (c/ Abel Silva) e “Pirata azul” (c/ Capinan), entre outras. foi lançado em 1987.

Em 1988 participou do LP “Festival”, do guitarrista Lee Ritenour e no mesmo ano, gravou o LP “Bosco”, tendo no repertório suas músicas “Tenho dito”, “Funk de guerra”, “Jade”, entre outras. No ano de 1991, lançou uma parceria com Wally Salomão e Antônio Cícero no CD “Zona de fronteira”, em canções como “Saída de emergência”, “Trem-bala” e “Ladrão de fogo”, além de “Memória da pele” (c/ Waly Salomão) e “Granito” (c/ Antônio Cícero).

O CD “Acústico MTV”, foi lançado em 1992, onde João apresentou uma inovação no seu repertório, além de suas próprias músicas, como “Papel machê” (c/ Capinan, “Odilê, Odilá” (c/ Martinho da Vila), “Tiro de misericórdia” (c/ Aldir Blanc) e ), apresenta canções de outros compositores, como “Eleanor Rigby” (Lennon e McCartney) e “Fita amarela” (Noel Rosa), além da versão de Emílio Guerra “E então que quereis…?” (Maiakóvsky).

Martinho da Vila e João Bosco

Em 1994  grava o CD “Na onda que balança” com as canções “Por um sorriso” (c/ Abel Silva), “Momentos roubados” (c/ Belchior),  “Liberdade” (c/ Cacaso), “Indeciso coração”, “Batalha de Dakar”, “O espírito do prazer”, entre outras.

João lançou o CD “Dá licença, meu senhor” em 1995, com composições de vários autores como “Um gago apaixonado” (Noel Rosa), “Pai grande” (Milton Nascimento), “Se você jurar” (Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves), “Desafinado” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Expresso 2222” (Gilberto Gil), “Melodia sentimental (Floresta do Amazonas)” (Villa-Lobos e Dora Vasconcelos) entre outras, além de sua música “Pagodespell” (c/ Caetano Veloso e Chico Buarque).

Iniciando uma parceria exclusiva com seu filho, o poeta Francisco Bosco, João gravou em 1997, o CD “As mil e uma aldeias”, com canções como , “Enquanto espero”, “Califado de quimeras” e “Benguelô”, além da faixa-título, entre outras. Apresentou-se, em turnê para o lançamento do disco, com uma banda formada por Nico Assumpção, Armando Marçal, Ricardo Silveira e Robertinho Silva.

Francisco Bosco e o pai

No ano de 1998 João compôs a trilha sonora para o balé “Benguelê” do Grupo Corpo que se apresentou no Brasil e em festivais internacionais. Em 2000, lançou o CD “Na esquina”, com parceria exclusiva do filho Francisco Bosco, destacando as canções , “Flor de Ingazeira”, “Mama palavra”, “Beirando a rumba”, além das versões assinadas pela dupla para “Siboney”, canção folclórica escrita por Dolly Morse e Ernesto Lecuona em homenagem à cidade cubana, “Passos de amador”, para “Fools Rush in” (Johnny Mercer e Rube Bloom) e “Amar, amar”, para “True Love”, clássico de Cole Porter incluído na trilha sonora do filme “High Society”. Neste disco  João contou com a participação de Jaques Morelenbaum (arranjos e regência de orquestra), Ricardo Silveira (violão e guitarra), Jorge Hélder, Zeca Assumpção  e Arthur Maia (baixo), Paulo Calazans e Cristóvão Bastos (piano), Téo Lima (bateria), Marcelo Costa e Marçal (percussão).

O CD foi lançado em show no Canecão (RJ). No final de 2000, apresentou-se no Teatro Central de Juiz de Fora (MG), acompanhado pela banda formada por Glauton Campello (teclados), João Baptista (baixo), Nelson Faria (guitarra), Kiko Freitas (bateria) e Marco Lobo (O espetáculo foi gravado ao vivo, e dele nasceu o CD duplo “Na esquina – ao vivo”, lançado em 2001.

Bosco lança em 2003, “Malabaristas do Sinal Vermelho em parceria com o filho Francisco, conquistando elogios da crítica e sendo indicado ao “Grammy”, como o “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”. No mesmo ano é lançado  o “Songbook João Bosco” pela Lumiar.

Em 2006 lançou o CD/ DVD “Obrigada Gente” em comemoração aos seus 60 anos de idade e 30 anos de trajetória musical. O disco com um repertório de célebres sambas da década dos anos 60 e canções do cantor, foi gravado no Ibirapuera em São Paulo com participações pra lá de especiais como Djavan (“Corsário”, com Aldir Blanc), Hamilton de Holanda (“Linha de passe”, com Paulo Emílio e Aldir Blanc), Guinga (“Saída de emergência”, com Wally Salomão e Antônio Cícero) e Yamandu Costa (“Benzetacil”, com Aldir Blanc). A produção musical ficou sob a responsabilidade de João Mário Linhares.

No ano de 2007, participou da gravação ao vivo do projeto “Cidade do Samba” (CD e DVD), de Zeca Pagodinho e Max Pierre, apresentado por Ricardo Cravo Albin, interpretando em dupla com Daniela Mercury “De frente pro crime”, de sua parceria com Aldir Blanc. Bosco retorna aos estúdios em 2009 para gravar um CD de inéditas  “Não vou pro céu, mas já vivo no chão”. O disco com três canções em parceria com Aldir Blanc, tem uma que não leva a sua assinatura, o samba “Ingenuidade” de Serafim Adriano. Em 2010 sai em turnê pelo Brasil e Europa e o seu CD “Senhoras do Amazonas”, gravado com a NDR BIG BAND é lançado na Alemanha.

Foi homenageado em 2012 na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, além de ter sido contemplado com a mesma premiação, na categoria Melhor Canção, por sua composição “Sinhá” (c/ Chico Buarque), incluída no CD “Chico”, lançado pelo parceiro. Em 2012, lançou o CD e DVD “João Bosco – 40 anos depois”, reunindo sucessos de seu repertório e convidados como  Milton Nascimento, Chico Buarque, João Donato, Toninho Horta,Roberta Sá,Trio Madeira Brasil e Cristóvão Bastos. No mesmo ano, o CD “João Bosco 40 anos depois” foi indicado ao “XIII Grammy Latino”, na categoria Melhor Álbum MPB, e figurou na relação “Os Melhores Discos de 2012” – assinada pelos jornalistas Bernardo Araújo, Leonardo Lichote, Carlos Albuquerque e Sílvio Essinger.

Bosco participou em 2013 da abertura do “Sesi in Jazz Festival”, realizado no Rio de Janeiro, sendo premiado nesse mesmo ano com o Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Melhor Cantor/MPB e Melhor Álbum/MPB, pelo CD “40 anos depois”. Foi indicado para a categoria Melhor Canção, com a música “Eu não sei o seu nome inteiro”, de sua parceria com João Donato e Francisco Bosco, incluída no CD “40 anos depois”.

Hamilton de Holanda e João Bosco

João Bosco participou do 13ª edição do Mimo Festival realizado no Rio de Janeiro em 2016, um evento com várias atrações de música, cinema, educação e poesia, tendo reunido 20 concertos de artistas consagrados mundialmente, como Jacky Terrasson & Stéphane Belmondo, Pat Thomas & Kwashibu Area Band, Totó la Momposina, João Bosco, Hamilton de Holanda, Alice Caymmi, Antonio Nóbrega e Ney Matogrosso. Os tradicionais concertos ao ar livre foram realizados na Praça Paris, Igrejas como a Candelária e Outeiro da Glória.

João Bosco e o premiadíssimo bandolinista, Hamilton de Holanda se uniram para apresentar o projeto “Eu vou pro samba”, onde dividiram o palco ao lado de músicos convidados. O cantor que tem uma agenda cheia, se apresenta por todo o Brasil e exterior e agora nos presenteia com o seu novo disco repleto de boa música. Acompanhem a página Oficial do João Bosco no Facebook e confiram os vídeos sobre o CD “Onde estiver”.

Facebook: https://www.facebook.com/oficialjoaobosco/

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Cleo Oshiro
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