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sexta-feira, 2024/04/19  3:44
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Japão considera se abrir para mão-de-obra estrangeira não qualificada

Um comité do Governo do Japão começa hoje a estudar a possibilidade de permitir a entrada no país de mão-de-obra estrangeira não qualificada para fazer frente à rigidez do seu mercado de trabalho.

O sistema em análise passaria a abrir as portas para trabalhadores de setores específicos, mediante acordos de colaboração económica com os países de origem, um método que o Japão utilizou para trazer enfermeiros de países como as Filipinas, segundo o jornal Nikkei.

Atualmente, a maioria dos trabalhadores estrangeiros do Japão, país onde menos de 2% da população é imigrante, entrou no país como mão-de-obra altamente qualificada ou em programas de formação técnica.

Este comité recém-formado vai analisar a entrada de trabalhadores de fora do Japão com um sistema de quotas em setores em que há grande escassez de mão-de-obra, como construção e enfermagem, onde chegam a registrar três vezes mais ofertas de trabalho do que candidatos a empregos.

Está sendo analisada a redução de barreiras noutros setores em que o mercado de trabalho japones mostra rigidez, como o comércio, agricultura ou educação pré-escolar.

O primeiro-ministro Shinzo Abe sublinhou, na segunda-feira durante a abertura da sessão parlamentar, a importância de efetuar uma reforma do mercado de trabalho, para estimular a economia e fazer frente ao crescimento negativo da população.

A população ativa do Japão caiu em 2013 para menos de 80 milhões e o número atual ronda os 77 milhões, com perspetivas de continuar caindo ainda mais.

No entanto, muitos analistas acreditam que a ideia de abrir as portas à imigração, não vai ser facilmente aceita por grande parte da população ou pelo setor privado num país tradicionalmente protecionista no que toca a políticas migratórias.

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