Filipinas: Duterte deverá lançar invasão na ilha covil do Abu Sayyaf.
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, advertiu nesta quarta-feira (19) que poderia “invadir” a ilha fortaleza do grupo Abu Sayyaf, ligado ao Estado Islâmico, para “terminar o jogo”, após uma tentativa frustrada do grupo de sequestrar turistas na ilha de Bohol, na semana passada.
Duterte ofereceu recompensas em dinheiro para a captura, mortos ou vivos, de seis militantes do Abu Sayyaf ainda em liberdade, depois do confronto na ilha de Bohol, que matou seis rebeldes e quatro membros das forças de segurança.
O confronto em Bohol aconteceu depois das advertências contra viagens às ilhas centrais das Filipinas, por vários países ocidentais, que citavam informações não confirmadas de possíveis planos de sequestro.
O confronto aconteceu depois que os moradores avisaram as autoridades sobre a chegada de homens armados, em barcos.
O incidente foi altamente significativo, acontecendo durante a Semana Santa, em um local longe do tradicional campo de operações do Abu Sayyaf, nas ilhas remotas de Jolo, Tawi Tawi e Basilan.
Duterte disse que não pode permitir que o Abu Sayyaf estenda seu alcance.
“Eu vou, talvez, invadir Jolo”, disse Duterte a repórteres, após uma reunião de segurança na cidade de Tagbilaran, Bohol.
“Todo o exército e a marinha irão para lá, será uma guerra, se é isso que eles querem, eu vou dar”.
Referindo-se as fortalezas do Abu Sayyaf, ele disse: “Minha ordem para a marinha … é explodi-los, não se render, atirar de canhões, destruí-los”.
O Abu Sayyaf tem suas raízes no separatismo e os militares dizem que alguns elementos estão em estreito contato com os radicais do Estado islâmico no Oriente Médio.
No entanto, a maioria de suas atividades são banditismo, como pirataria e sequestro. É notório por decapitar reféns quando o dinheiro para sua liberação não é pago.
Duterte disse que queria que os civis apoiasse a caçada aos homens do Abu Sayyaf em Bohol e oferece uma recompensa de 6 milhões de pesos (US $ 120.668) por cada um dos seis fugitivos.
Ele alertou que o Abu Sayyaf pode tentar “criar um desastre” em uma reunião de oficiais do comércio da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Duterte disse ainda que queria armar civis, e os encorajou a matar, não só integrantes do Abu Sayyaf, mas também os toxicodependentes que estiverem armados.
A guerra contra as drogas nas Filipinas já matou quase 9.000 pessoas em 10 meses, a maioria usuários e pequenos traficantes.
“Minha ordem é morto ou vivo … Meus inimigos são as drogas e os terroristas, esses viciados em drogas têm armas de fogo, quase todos são paranóicos”.
(Reportagem de Manuel Mogato e Neil Jerome Moralez, edição de Martin Petty e Robert Birsel) – Reuters
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