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sexta-feira, 2024/04/26  10:31
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Coreia do Norte nuclear: Casa Branca convoca Senado para reunião

Em um movimento incomum, todo o Senado dos EUA está sendo chamado à Casa Branca para uma reunião sobre a Coréia do Norte.

Coreia do Norte nuclear: Casa Branca convoca Senado para reunião.

Em um movimento incomum, todo o Senado dos EUA está sendo chamado à Casa Branca para uma reunião sobre a Coréia do Norte.

Washington está, cada vez mais, preocupado com os mísseis norte-coreanos e os testes nucleares e as ameaças aos seus vizinhos e aos EUA.

A reunião, envolvendo 100 senadores, além do secretário de Estado, Rex Tillerson, e do secretário de Defesa, James Mattis, será realizada nesta quarta-feira (26).

A China, principal aliada da Coréia do Norte, pediu contenção a todos os envolvidos.

O pedido da China aconteceu em uma conversa telefônica entre o presidente, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Donald Trump, no domingo (23).

Xi exortou a todas as partes para “manterem a contenção e evitar ações que aumentem as tensões”, de acordo com a chancelaria chinesa.

Por que Pequim deve liderar a crise da Coréia do Norte

Por sua parte, Trump disse que a “continuada beligerância” da Coréia do Norte estava desestabilizando a península coreana.

Oficiais da Casa Branca vão, regularmente, ao Congresso para informar sobre questões de segurança nacional, mas é incomum que todo o Senado vá à Casa Branca.

Junto com Tillerson e o general Jim Mattis, estará presente também o Diretor de Inteligência Nacional Dan Coats e o General Joseph Dunford, presidente do Estado-Maior Conjunto.

Questionado por repórteres em seu coletiva de imprensa regular, o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, encaminhou as perguntas para o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell.

Citados pela Reuters, a Câmara dos Deputados está procurando fazer uma reunião semelhante, sobre a Coréia do Norte.

Washington disse que uma flotilha, liderada pelo porta-aviões USS Carl Vinson, deverá chegar ao largo da Península Coreana dentro de alguns dias, apesar das mensagens contraditórias na semana passada sobre seu paradeiro exato.

Trump também disse aos embaixadores do Conselho de Segurança das Nações Unidas, reunidos na Casa Branca, que a ONU deve estar pronta para impor novas sanções à Coréia do Norte.

Os EUA estão adotando uma estratégia multifacetada para pressionar a Coréia do Norte, disse Gary O’Donoghue, da BBC, em Washington.

Primeiro, quer que a ONU fortaleça, ainda mais, as sanções e assegure de que as medidas em vigor sejam devidamente aplicadas.

Em segundo lugar, está tentando convencer a China a controlar seu vizinho comunista.

O terceiro aspecto é o envio de um porta-aviões para a península coreana – tornando claro que a ação militar é uma opção.

Retórica norte-coreana

A mídia estatal norte-coreana disse, neste domingo (23), que as forças do país estavam “prontas para combater” o USS Carl Vinson.

O jornal do Partido dos Trabalhadores, Rodong Sinmun, classificou o porta-aviões de “animal grosseiro”.

A Coréia do Norte prometeu continuar com os testes de mísseis, apesar dos alertas de Trump, e especialistas dizem que pode estar se preparando para outro teste nuclear, desafiando as resoluções da ONU.

No entanto, um teste de mísseis balísticos da Coréia do Norte, em 16 de abril, falhou poucos segundos depois do lançamento, disseram especialistas norte-americanos.

Washington está preocupado de que Pyongyang possa desenvolver a capacidade de colocar uma bomba nuclear em um míssil capaz de chegar aos EUA.

Pequim está preocupada com a possibilidade de um conflito total na península, o que poderia levar ao colapso do regime norte-coreano sob o comando de seu líder Kim Jong-un.

A China teme que isso possa causar um considerável problema de refugiados e levar a uma presença norte-americana até a fronteira chinesa.