Coreia do Norte diz estar pronta para atacar o porta-aviões dos EUA.
A Coréia do Norte disse, neste Domingo (23), estar pronta para afundar o porta-aviões dos EUA para demonstrar seu poderio militar, quando dois navios da Marinha japonesa se juntaram ao grupo de ataque liderado pelo USS Car Vinson, para exercícios no Pacífico Ocidental.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou ao grupo de ataque do porta-aviões USS Carl Vinson que navegue para as águas da península coreana, em resposta à crescente tensão sobre os testes nucleares e de mísseis do Norte e suas ameaças de atacar os Estados Unidos e seus aliados asiáticos.
Os Estados Unidos não especificaram onde está o grupo de ataque do porta-aviões, quando se aproxima da área. O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, disse, neste sábado (22), que chegaria “dentro de dias”, mas não deu maiores detalhes.
A Coréia do Norte permanece desafiadora.
“Nossas forças revolucionárias estão prontas para afundar o porta-aviões nuclear com um único ataque”, disse o Rodong Sinmun, o jornal do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, em um comentário.
O jornal comparou o porta-aviões a um “animal grosseiro” e disse que um ataque seria “um exemplo real, para mostrar a força de nossos militares”.
O comentário foi feito na página três do jornal, depois de um artigo de duas páginas sobre o líder, Kim Jong Un, inspecionando uma fazenda de porcos.
A Coreia do Norte vai comemorar o 85º aniversário de fundação do Exército Popular da Coreia na terça-feira (25).
No passado, o país tem marcado aniversários importantes com testes de suas armas.
A Coréia do Norte realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado, e está trabalhando para desenvolver mísseis com ogiva nuclear que possam chegar aos Estados Unidos.
Também realizou uma série de testes de mísseis balísticos, desafiando as sanções das Nações Unidas.
A crescente ameaça nuclear e de mísseis da Coréia do Norte é, talvez, o mais sério desafio de segurança enfrentado por Trump.
Ele prometeu impedir que o Norte seja capaz de atingir os Estados Unidos com um míssil nuclear e disse que todas as opções estão na mesa, incluindo um ataque militar.
Preocupação no Japão
A Coréia do Norte disse que seu programa nuclear é para auto defesa e alertou os Estados Unidos de um ataque nuclear em resposta a qualquer agressão. Também ameaçou atacar a Coreia do Sul e o Japão.
O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, disse na sexta-feira (21) que as recentes declarações da Coréia do Norte são provocativas, mas que se mostraram vazias no passado e não deveriam ser confiáveis.
“Todos nós ouvimos suas palavras, repetidamente, e esta não provou ser honesta”, disse Mattis em uma entrevista coletiva em Tel Aviv, antes da última ameaça ao porta-aviões.
A demonstração de poderio naval do Japão reflete a crescente preocupação de que a Coréia do Norte possa atacar com ogivas nucleares ou químicas.
Alguns legisladores, do partido no poder, estão exortando o primeiro-ministro, Shinzo Abe, a adquirir armas de ataque que poderiam atingir os mísseis da Coréia do Norte, antes de qualquer ataque iminente.
A Marinha do Japão, que é composta em sua maioria por destroyers, é a segunda maior da Ásia, depois da China.
Os dois navios de guerra japoneses, Samidare e Ashigara, deixaram o oeste do Japão na sexta-feira (21) para se juntarem ao USS Carl Vinson e “praticar uma variedade de táticas” com o grupo de ataque dos EUA, informou a Japan Maritime Self Defense Force.
A força japonesa não especificou onde os exercícios estavam ocorrendo, mas no domingo, os destroyers poderiam ter atingido uma área a 2.500 km ao sul do Japão, que seriam águas a leste das Filipinas.
A partir daí, pode levar até três dias para chegar às águas ao largo da península coreana.
Os navios japoneses acompanhariam o USS Carl Vinson, pelo menos até o Mar da China Oriental, disse uma fonte, com conhecimento do plano.
Autoridades norte-americanas e sul-coreanas têm dito há semanas que o Norte poderia, em breve, realizar outro teste nuclear, algo que os Estados Unidos, a China e outros alertaram.
A Coréia do Sul colocou suas Forças Armadas em alerta máximo.
A China, único grande aliado da Coréia do Norte que, no entanto, se opõe aos programas de armas e à beligerância de Pyongyang, apelou às partes para que tenham calma. Os Estados Unidos pediram à China que faça mais para ajudar a desarmar a tensão.
Na última quinta-feira (20), Trump elogiou os esforços chineses para controlar “a ameaça da Coréia do Norte”, depois que a mídia estatal norte-coreana alertou os Estados Unidos de um “super poderoso ataque preventivo”.
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