China teme conflito EUA – Coreia do Norte “a qualquer momento”.
A China advertiu que “o conflito pode acontecer a qualquer momento” à medida que aumenta a tensão sobre a Coréia do Norte.
O ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, disse que, se houvesse guerra, não haveria vencedor.
Os comentários de Wang acontecem quando os EUA manifestam crescente preocupação com o desenvolvimento de armas nucleares pela Coréia do Norte e enviam um grupo de ataque da Marinha em direção à península coreana.
A China, o único apoiador da Coréia do Norte, teme que o conflito possa causar o colapso do regime e problemas em sua fronteira.
Wang disse que: “Cada um tem a sensação de que um conflito poderia acontecer a qualquer momento.”
“Eu acho que todas as partes envolvidas devem estar vigilantes em relação a esta situação.”
“Apelamos a todas as partes para que se abstenham de provocar e ameaçar uns aos outros, quer por palavras ou ações, e não deixar a situação chegar a um estágio irreversível e incontrolável”.
Além do mal-estar chinês, o presidente Donald Trump disse na quinta-feira (13) que “o problema da Coréia do Norte” seria “resolvido”.
“Se a China decidir ajudar, seria ótimo, se não, vamos resolver o problema sem eles!”
Militares norte-coreanos responderam na sexta-feira (14) afirmando que “responderão, sem piedade” qualquer provocação norte-americana.
“Nossa mais dura contra-ação, contra os EUA e seus vassalos, será tomada de uma maneira tão impiedosa que não permitirá que os agressores sobrevivam”, disse uma declaração do exército, relatada em inglês pela agência de notícias oficial da Coréia do Norte, KCNA.
O presidente dos EUA demonstrou, recentemente, sua disposição de recorrer a métodos militares. Ele ordenou um ataque com mísseis de cruzeiro contra a Síria, em retaliação por um suposto ataque com armas químicas, e militares dos EUA apenas usaram uma enorme bomba contra o chamado Estado Islâmico, no Afeganistão.
Washington está preocupado com a possibilidade de a Coréia do Norte desenvolver a capacidade de lançar uma arma nuclear nos EUA.
Trump e o presidente da China, Xi Jinping, estiveram em contato por telefone desde a cúpula da semana passada, na Flórida, e a Reuters cita autoridades americanas dizendo que duras sanções econômicas contra a Coréia do Norte também estão sendo consideradas.
A China está preocupada que qualquer conflito possa levar a um enorme problema de refugiados na fronteira com a Coréia do Norte. Teme também o colapso do regime norte-coreano, que eliminaria um amortecedor entre a China e um país com bases militares norte-americanas, e tem, por isso, muito cuidado em não pressionar Pyongyang.
Mas, em sinal de crescente frustração com seu vizinho, recentemente bloqueou as importações de carvão do Norte. A emissora estatal chinesa CCTV informa que o governo suspenderá vôos diretos da Air China entre Pequim e Pyongyang a partir de segunda-feira, 17 de abril.
Há também especulação intensa de que a Coréia do Norte poderia realizar um sexto teste de bomba nuclear ou outro lançamento de mísseis – possivelmente um míssil de longo alcance – no sábado.
Sábado marca o 105º aniversário do nascimento de seu primeiro líder, Kim Il-sung, avô do atual líder, Kim Jong-un
Em entrevista à Associated Press, o vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Han Song Ryol, acusou o governo Trump de “se tornar mais vicioso e mais agressivo” em sua política para o Norte.
Um instituto ligado ao Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte também advertiu que “a guerra termo-nuclear pode acontecer a qualquer momento”.
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