China investiga empresa suspeita de ajudar o programa nuclear da Coreia do Norte. Uma empresa chinesa que está sendo investigada pela polícia local pode ter ajudado o programa nuclear da Coréia do Norte, dizem grupos de estudo na Coreia do Sul e nos EUA, poucos dias depois que Pyongyang realizou seu quinto teste nuclear.
A empresa Dandong Hongxiang Industrial Development registrou mais de US $ 530 milhões no comércio bilateral com a Coreia do Norte entre, 2011 e 2015, divulgaram o Asan Institute for Policy Studies em Seul e C4ADS em Washington, em um relatório, na segunda-feira (19 de setembro) .
Informações em anúncios e bancos de dados on-line mostram que a empresa vendeu lingotes puros de alumínio, óxido de alumínio e outros produtos que poderiam ser qualificados como potenciais produtos de dupla utilização, militar e nuclear, e sob restrições de exportação dos EUA.
A empresa, que tem sua sede na fronteira norte-coreana, na cidade de Dandong, província de Liaoning, exportou cerca de US $ 171.000.000 para a Coreia do Norte entre 2011 e 2015, segundo o relatório, acrescentando que suas importações do país totalizaram mais de US $ 360 milhões durante no mesmo período.
“Embora nenhum julgamento esteja sendo feito quanto ao uso final destes fundos, o comércio neste volume é de particular importância”, disseram.
“Por uma estimativa, este montante teria sido quase que suficiente para as instalações de enriquecimento de urânio e teste de armas nucleares por parte da Coreia do Norte”.
Também foi notável a parceria da empresa com a Korea National Insurance Corporation, uma entidade governamental, que tem sido descrita pela Comissão Europeia como a geradora de recursos que poderiam “contribuir para domínio nuclear e balísticos e a programas relacionados com armas de destruição em massa da Coreia do Norte.”
O departamento de segurança pública de Liaoning disse em um comunicado, na semana passada, que a empresa Dandong Hongxiang e seus donos estão sob investigação por “crimes econômicos graves, envolvidos em atividades comerciais”.
A empresa não respondeu aos telefonemas da AFP para comentar o assunto.
Questionado sobre a investigação durante uma conferência de imprensa regular, o porta-voz do Ministério do Exterior da China, Lu Kang, disse que “os departamentos relacionados, na China, estão tratando e investigando esse caso”, mas não confirmou se havia uma ligação com o programa nuclear de Pyongyang.
A China é o protetor diplomático da Coreia do Norte e fornecedor de comércio e ajuda.
Mas Pequim está cada vez mais frustrada com o desafio às sanções internacionais por parte de Pyongyang, que continua avançando com seus testes nucleares.
O premier chinês, Li Keqiang, e o presidente dos EUA, Barack Obama, em uma reunião na segunda-feira em New York, condenou o teste nuclear de 9 de setembro e prometeu “reforçar a coordenação para conseguir a desnuclearização da Península Coreana”, inclusive em canais de aplicação da lei sobre Pyongyang, disse a Casa Branca, em um comunicado.
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