Danny Calixto lança CD “Quintais do Mundo.” A cantora, compositora e instrumentista porto alegrense Danny Calixto, influenciada desde pequena pela música dos Doces Bárbaros e Chico Buarque, foi ao longo da sua trajetória buscando seu estilo de composição e sonoridade.

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Natural de Porto Alegre-Rio Grande do Sul, Danny trilhou vários caminhos dentro das artes: o teatro, a composição de trilha sonora (indicada ao Troféu Gralha Azul – premiação do teatro paranaense, na categoria melhor trilha de teatro), adereços, a cenografia, a TV  (na frente e atrás das câmeras), os jingles, o design e a pintura. Seu novo disco “Quintais do Mundo”, um álbum de 12 faixas, transita pelo universo do samba, milonga, chacarera, samba funk, ijexá, maracatu…trazendo canções sobre lendas, reflexões sobre os amores e dores de amor, o olhar feminino sobre a vida, suas contradições e contemplações.

Em seu CD anterior, o “Abracadabra”, foi indicada ao Prêmio Açorianos (principal premiação do estado do Rio Grande do Sul) nas categorias Intérprete Pop/Rock e Revelação, além de ganhar espaço nas páginas da imprensa inglesa e em importantes casas de shows em Londres. No Brasil seu disco foi programado em mais de 40 rádios e tem canções sendo ouvidas em rádios de Portugal, Suíça e Holanda.

Danny, quando descobriu que a música faria parte da sua vida?
Desde pequena já era uma ouvinte muito atenta de MPB, mas foi morando em Curitiba, lá pelo meus 11 anos, que ganhei meu primeiro violão. Não podia imaginar que ele era a minha passagem de ida pra música.12992779_1059208387474231_943855747_n

E a paixão pela música só cresceu?
Sim, cada passo dado nessa direção, cada acorde aprendido era um mundo novo se desvendando pra mim. Meu encanto com o instrumento e suas possibilidades sempre me deram muito ânimo pra continuar. E o canto veio depois, se somando a isso.

Quando se apresentou pela primeira vez para uma platéia?
Um dos meus primeiros momentos no palco foi como vocalista de uma banda de rock progressivo “A Banda da Terra”, influenciada por Mutantes pós Rita Lee, Genesis, Yes, king Crimson, Focus, Led, Pink Floyd.

Mas ai seguiu com o estilo rock?
Não, um tempo depois eu e Rogéria Holtz (cantautora curitibana) estreamos um show de MPB com dois violões e duas vozes em um bar emblemático de Curitiba, o “Trem Azul” nome em homenagem a composição de Milton Nascimento, reduto dos músicos da cidade e onde muitos artistas famosos iam depois de seus shows. Na nossa estréia Luis Melodia estava lá! Apesar de quase ter tido um colapso, achei também que aquilo era um ótimo presságio.
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Esse presságio te incentivou a se aperfeiçoar ainda mais?
Sim. Fiz vestibular pra violão clássico na Escola de Música e Belas Artes e trabalhar em teatro como atriz, cantora e violonista. Nessa época fiz minha primeira trilha pro espetáculo “No Balanço desse Trem” de Mario Schoemberger e Regina Bastos.

Então além de se dedicar a música, investiu na carreira de atriz?
Entrei pro teatro pra fazer execução musical, mas acharam que eu levava jeito pra atuar… então lá fui eu! Fui indicada ao Troféu Gralha Azul, premiação do teatro paranaense na categoria Composição Musical, pela peça infanto-juvenil “A Cegonha Boa de Bico”.
Depois veio “Pinha, Pinhão, Pinheiro” de Enéas Lour, com temporada em Curitiba e turnê em mostras e festivais em Eldorado, San Pedro, Posadas, Andresito e Puerto Yguazú na Argentina.

Com o grupo de teatro de bonecos Filhos da Lua fiz turnê pelo interior do Paraná com o espetáculo “Fandango”, onde ministrava com eles workshops de composição pra professores da rede pública.
417718_291020587629826_1644791760_nVocê criou uma Cia de Teatro?
Sim, em parceria com a Paula Giannini (atriz, diretora e roteirista carioca) criamos uma companhia de teatro “Mandrágora” e montamos o espetáculo “E o Bichomem Como é que Será?” de Luiz Rettamozzo, Paulo Vítola e Marinho Gallera, com direção de Hieronymus Parth (diretor da Alemanha). Neste espetáculo atuei, fiz produção executiva, criação de cenário e figurino.

Mas sua dedicação estava mais voltada para o teatro?
Na verdade tudo andava junto. Sempre que podia agendava shows, mas o teatro e a faculdade exigiam também boa parte do meu tempo. Fui assistente de cenografia na montagem oficial do Teatro Guaíra em A Vida de Galileu, encenada por Paulo Autran, com direção de Celso Nunes e cenografia de Gianni Ratto. Durante o mesmo ano lecionei violão no Centro Cultural Bento Mossurunga.
Em 91 no show Os Homens são todos iguais de Carlos Careqa cantei duas músicas inéditas, uma delas de minha autoria. Era a primeira vez que mostrava uma música minha não conectada a um espetáculo de teatro.

Onde costumava se apresentar?
De 84 a 94 fiz shows em teatros, festivais e bares de Curitiba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Natal e João Pessoa com diversas formações musicais e repertórios: MPB, standards do pop e do jazz.
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Então decidiu continuar seu trabalho em Curitiba?
Depois disso em 95 voltei pra Porto Alegre e aos poucos fui conhecendo  o mercado daqui, músicos e as produtoras de áudio onde passei a gravar coro e solos pra campanhas publicitárias. Em 98, montei a banda Os Waldos, repertório de Disco e Black Music que movimentou a cena porto-alegrense até 2002.

Quando gravou seu primeiro CD?
Dessa experiência com o mundo Pop, lancei em 2003 meu primeiro CD “Abracadabra” em Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba.
No show de lançamento em Belo Horizonte a TV Rede Minas gravou programa “Especial Rede Minas” várias vezes reprisado durante o ano pra todo o estado.
A convite da Electra Produções voltei a BH pra o projeto Domingo no Parque no Parque das Mangabeiras. Nesta edição, também participaram os compositores mineiros Sideral e Vander Lee.

Então optar pelo estilo Pop, estava rendendo frutos?
Sim. Em 2004 fui indicada ao Prêmio Açorianos, nas categorias Revelação e Intérprete Pop/Rock.
Em 2006, morando em Londres, meu CD teve matéria na Revista Real, com distribuição no Reino Unido, Suiça, Irlanda e Bélgica. Vendi discos pra lojas inglesas em Leicester Square e Camden Town e foi pra playlist da casa de shows Guanabara.12986562_1059212864140450_278296917_o

Como ficou a carreira após retornar ao Brasil?

Desde a volta pro Brasil, tenho feito muitos shows em Porto Alegre, São Paulo e interior do Rio Grande do Sul. Participei também de alguns discos de compositores que admiro:
– CD Suíte Xangri-lá de Fausto Prado e Caetano Silveira (2004).
– CD Prabaticum, Esplatifum, Brasimbolá de New e Luiz Mauro Vianna (2008).
– Coletânea de compositores no CD Música na Casa da Casa de Cultura
Mario Quintana (2009)
– CD Rogéria Holtz Na Tocaia de Rogéria Holtz – Curitiba(2014)
– CD Singular e Plúrimo de Jerônimo Jardim (2015).

Teve muitas coisas legais acontecendo na sua carreira após o seu retorno ao Brasil?
Sim, um bem bacana foi montar o show Brasinaria, resultado de uma pesquisa sobre sambas dos anos 40 e 50, respectivamente início da rádio e da televisão no Brasil. Este trabalho se mantém na ativa por intermédio de editais e shows independentes por Porto Alegre e interior. Quer conhecer? Acesse este link Brasinaria

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Algum projeto novo para os fãs?
Neste ano estou lançando o disco “Quintais do Mundo” com composições minhas e em parceria com outros artistas do sul do Brasil: Márcio Celli, Eliana Chiossi, Luís Mauro Vianna, Rogéria Holtz e Rodolpho Bittencourt.
Foi produzido pelo multi-instrumentista Angelo Primon e traz ainda outros arranjadores para três canções: Toneco da Costa, Thiago Carretero e Sergio Machado.
Este disco já está à venda pelo Itunes e podem ser ouvidas pelo streaming Spotify e Deezer.

A música é o seu referencial no momento?
A música é minha religião, mas além dela a curiosidade e paixão pelas artes me fez desenvolver também outras habilidades.
Tenho formação acadêmica em Artes Plásticas, diversos cursos de artes gráficas e uma série de experiências também em televisão (na frente e atrás das câmeras).
Fui diretora de arte em agências de publicidade e até hoje trabalho com design. Pra conhecer um pouco disso, dá uma olhada neste link:
Danny Calixto – Design

Site: http://www.dannycalixto.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/dannycalixtomusic
email: contato@dannycalixto.com.br

Radio Shiga by Cleo Oshiro Oficial Page: http://wp.radioshiga.com/programacao/

Danny Calixto: Cantora lança novo disco "Quintais do Mundo"
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