1º Seminário de Cooperação Científica Brasil – Japão.
Cerca de 60 especialistas da área da saúde compareceram ao 1º Seminário de Cooperação Científica Brasil – Japão realizado na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) com a participação da Universidade de Tsukuba em parceria com o Hospital Santa Cruz.
O evento aconteceu na última sexta-feira (9/6) e foram abordados temas como arboviroses, terapia com partículas carregadas e neurocirurgia nas universidades brasileiras.
O Seminário apresentou o projeto inédito do Centro de Pesquisas do Hospital Santa Cruz, resultado do acordo de parceria firmado no ano passado com a Universidade de Tsukuba. O objetivo é manter um permanente intercâmbio de conhecimento entre os dois países, visando o desenvolvimento de projetos de pesquisa em conjunto. “Acredito que teremos avanços significativos para a medicina e consequente melhoria no atendimento à população”, afirmou o presidente do Hospital Santa Cruz, Renato Ishikawa.
Em seu discurso de abertura, o cônsul-geral do Japão em São Paulo, Takahiro Nakamae, destacou o papel do Hospital Santa Cruz como elo entre os dois países, ressaltando que a Instituição vem contribuindo constantemente para um aprimoramento acadêmico e científico entre as duas nações.
Também participaram da abertura do evento o presidente da Universidade de Tsukuba, Kyosuke Nagata, o diretor da FMUSP, José Otávio Costa Auler Jr., Renato Ishikawa, presidente do HSC, e o vice-reitor da USP, Vahan Agopyan.
O presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Santa Cruz, Masato Ninomiya, relembrou a história da relação entre os dois países. Especialista nas relações internacionais entre Brasil e Japão, Ninomiya destacou que, apesar das diferenças culturais, os imigrantes japoneses foram integrados à população brasileira.
Ao falar sobre arboviroses, Kyosuke Nagata, presidente da Universidade de Tsukuba, e Aluísio Augusto Cotrim Segurado, professor titular em doenças infecciosas e parasitárias da FMUSP, traçaram um panorama histórico de doenças virais em seus países. Segurado apresentou dados sobre a disseminação dos vírus da Zika e da Febre Amarela no Brasil, enquanto Nagata exibiu dados que mostram que o Japão conseguiu uma maior eficácia no controle de doenças virais com a melhoria de vacinas e medidas de higiene.
Já Akira Matsumura, diretor do Hospital da Universidade de Tsukuba, apresentou os avanços e expectativas em relação à terapia de partículas carregadas (protonterapia e terapia de captura de nêutrons por boro) no tratamento de distúrbios neurológicos e não neurológicos, mostrando os bons resultados alcançados nas pesquisas. Um dos estudos indicou que a protonterapia preserva os tecidos saudáveis, ao contrário da radioterapia convencional.
Já a terapia de captura de nêutrons por boro foi utilizada em uma pesquisa em que o principal alvo era o glioblastoma, um tumor cerebral maligno. Novamente, os testes foram bem-sucedidos, aumentando o tempo médio de vida para 25 meses, ao contrário dos 11 meses que a terapia convencional pode oferecer.
O Seminário contou ainda com a apresentação do professor titular do Departamento de Neurologia da FMUSP, Manoel Jacobsen Teixeira, que dissertou sobre o avanço da neurocirurgia nas universidades brasileiras. Entre os pontos abordados, figuraram a perspectiva integrativa das áreas de saúde como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia plástica e odontologia nas cirurgias de base de crânio. Jacobsen apontou ainda o futuro uso de corantes intraoperatórios e a realização de procedimentos endovasculares em salas de operações para as neurocirurgias vasculares.
No final do evento, os palestrantes receberam placas comemorativas pela participação e todos foram convidados para um coquetel de confraternização.
Sobre o Hospital Santa Cruz
Fundado com o compromisso nipo-brasileiro em oferecer um atendimento médico hospitalar de excelência no Brasil, em 2016, completou 77 anos dedicados em proporcionar uma vida melhor e mais saudável à população. Atualmente é referência em Oftalmologia, Ortopedia, Neurologia e Cardiologia, sendo reconhecido também pela tecnologia de ponta em tratamentos, ações de responsabilidade social e sustentabilidade, atividades de ensino e pesquisa, e atendimento humanizado com profissionais bilíngues.
São mais de 1 milhão de atendimentos ao ano, com atuação integrada e multidisciplinar, tendo 50 especialidades no Ambulatório, além do Pronto Atendimento e de um Centro Cirúrgico capacitado para executar operações de alta complexidade. Dispõe de 04 salas de cirurgias oftalmológicas, 09 salas de cirurgias em geral e 170 leitos, sendo: 138 de internações, 10 UTI Coronariana, 10 UTI Neurológica, 10 UTI Geral e 02 de TMO (Transplante de Medula Óssea).
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